A então dolorida derrota parcial do Botafogo por 3 a 0 para o Corinthians foi suavizada por um momento mágico na vida de qualquer casal. José Luiz e Priscilla Macedo fizeram o "chá de revelação", prática que está na moda nas redes sociais para revelar o sexo do bebê que está para nascer, nas arquibancadas do Estádio Nilton Santos no intervalo.
+ John Textor entra no circuito, cenário muda e Botafogo encaminha contratação de Gustavo Sauer
José Luiz e Priscilla Macedo moram em Juiz de Fora, em Minas Gerais. A ideia inicial era fazer a festa apenas para amigos e familiares. Diante da grande procura da torcida por ingressos pela partida contra o Corinthians, o casal resolveu compartilhar a experiência com a torcida, no meio da arquibancada.
Ele fez uma postagem sobre a ideia nas redes sociais dias antes da partida e páginas sobre o Botafogo abraçaram o plano - inclusive com muitos torcedores o incentivando e pedindo para estarem presentes no momento. Esse foi um dos principais motivos para José e Priscilla encararem uma viagem de mais de quatro horas no dia da partida justamente para ver a bola rolar.
O plano, contudo, quase foi por água abaixo. Ao LANCE!, José contou que quase foi barrado na entrada do estádio com tudo que havia comprado para fazer o chá de revelação.
– Estávamos ansiosos para entrar o mais rápido possível, mas não foi fácil. Quando chegamos na bilheteria fui revistado e o pessoal do policiamento barrou a entrada com muitas das coisas que levei para fazer a revelação. Confesso que ali deu um desânimo e frustação, imaginei que nada fosse dar certo. Me passaram que bastão de fumaça era proibido mas serpentina era liberado, mas na hora recusaram - contou.
– Quando me vi dentro do estádio praticamente sem nada ao invés de desistir fui à luta e procurei outro policial. Conversei com ele, mostrei fotos do que levei. Para a minha surpresa ele disse que não teria problema. Foi uma saga para poder voltar ao ônibus e poder buscar tudo novamente - completou.
Mesmo diante da correria, tudo foi preparado por José nas arquibancadas do setor Leste Inferior antes do jogo começar. O papai teve uma aventura entre muitas "idas e vindas" do estádio para o ônibus, mas no fim o objetivo foi cumprido.
– Minha esposa tinha pintado a barriga naquela excelente ação do clube para as crianças e fomos reconhecidos por alguns torcedores que viram meu post no Twitter. Nos sentimos acolhidos e preparamos tudo. Quando o juiz apitou o intervalo, pedi aos torcedores que liberassem as escadas, arrumamos as serpentinas e então pude finalmente chutar a bola com o pó que definiria o sexo do bebê - detalhou José.
– Quando chutei a bola, veio a confirmação que meu mundo seria rosa, era uma gloriosa que estava a caminho. O pessoal já sabia que se fosse menino se chamaria Anthony e se fosse menina Isabella, inclusive estava pintada na barriga da minha esposa. Quando saiu a fumaça rosa todos gritaram Isabella e esse momento foi muito emocionante pra nós. Poder comemorar o nascimento da nossa primeira filha junto com a nossa torcida no momento de renascimento do clube foi algo que vamos guardar pra sempre. Quando ela nascer e começar a entender tudo eu tenho certeza que ficará muito feliz - afirmou o botafoguense.
José e Priscilla têm uma certeza: Isabella é botafoguense antes mesmo de chegar ao berço. E a relação com o Alvinegro pode ser ainda maior: o casal pediu para John Textor, dono de 90% do clube, ser o padrinho da criança. Havia um cartaz preparado - e que, obviamente, foi mostrado apenas depois da revelação - por pessoas que estavam com eles.
– O nome não tem relação com o Botafogo, mas poderia ter se John Textor aceitasse meu convite de ser o padrinho (risos). É brincadeira, óbvio, mas tenho admiração pelo o que ele é, não pelo o que ele tem. Na vida, no meu entendimento se você conseguir alcançar o sucesso deve permanecer sendo humilde e acessível às pessoas, e esse exemplo quero passar pra minha filha - finalizou o torcedor.