CEO defende SAF e exalta força do Botafogo: ‘Tem reputação de marca e visibilidade no mundo inteiro’
Em entrevista aos canais SporTV, Jorge Braga explicou a necessidade da implementação da Sociedade Anônima do Futebol para uma mudança de filosofia e pagamento da dívida
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Ao longo dos últimos anos um debate ganhou força no futebol brasileiro, a implementação da SAF (Sociedade Anônima do Futebol). A sanção depende da segunda votação no Congresso depois de passar pelo presidente Jair Bolsonaro, com vetos. Em entrevista ao SporTV, o CEO do Botafogo, Jorge Braga, explicou que, para ele, o Glorioso é o produto de investimento mais interessante no mercado do futebol brasileiro por causa de toda sua história centenária e a reputação da marca.
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– Eu acho de longe o Botafogo o melhor produto de investimento do mercado. Tem a questão política que é bem importante e foi pacificada no Botafogo. São dois mecanismos, que é enfrentar a dívida e trazer dinheiro novo. O Botafogo tem uma reputação de marca, uma visibilidade no mundo inteiro, com um histórico gigantesco. Tem um conjunto de ativos muito relevantes, desde as seis sedes, e com um histórico de formação de atletas, direitos econômicos, muito grande. Então, na minha opinião, esse conjunto torna o Botafogo é o produto de investimento do futebol mais interessante no Brasil no momento – ressaltou, e em seguida emendou:
– Temos o marco regulatório importante que é a SAF, e o conceito que o Botafogo está discutindo é estruturalmente igual à SAF. Só que agora temos uma lei que diz exatamente isso. A segurança jurídica que a SAF trouxe mudou a perspectiva do mercado em relação ao Botafogo – acrescentou.
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De acordo com a visão do CEO, a Botafogo S/A necessita sair do papel para beneficiar o clube. Atualmente, a dívida é estimada em R$ 950 milhões e essa transformação obrigaria a gestão a ser mais clara, com o intuito de pagar as dívidas de maneira concreta.
– Como ela (a lei da SAF) foi concebida originalmente é muito benéfica no meu entender, no sentido de que preserva a continuidade dos clubes, cria um período de transição, mas obriga uma gestão muito clara, um compromisso com o pagamento das dívidas, a criação de uma entidade apartada. O modelo original da SAF é muito bem-vindo e torço para que os vetos caiam – explicou Jorge Braga.
Por fim, Jorge Braga disse que é necessário uma mudança de paradigmas e que o Botafogo sofre com modelos antigos, que só focam no resultado em campo deixando de lado o que acontece fora. O profissional elogiou o trabalho da gestão do atual presidente Durcesio Mello.
– O Botafogo é um exemplo de time gigantesco que vem sofrendo com um modelo de gestão antigo, que era focar nos resultados em campo sem cuidar dos resultados fora de campo. A situação financeira do Botafogo é muito delicada, se você olha a relação dívida-receita o número é assustador, mas o Botafogo tem um caminho e um processo de viabilidade muito claro. Quando cheguei em março, a situação era dramática, tínhamos caixa só para mais algumas semanas – disse, e completou:
– O maior desafio é transformar a cultura de muitas décadas de privilegiar o investimento em ídolos próprios e menos na responsabilidade econômico-financeira. Ter a coragem de trazer para o futebol um cara de outra indústria foi o primeiro passo, e o clube fez essa mudança no status quo. A mudança financeira está acontecendo, os números são muito claros, vemos reduzindo brutalmente as despesas não-essenciais. A credibilidade do clube é muito diferente, temos conseguido honrar os compromissos inclusive em relação aos salários. O compromisso em relação ao orçamento está sendo cumprido à risca - finalizou.
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