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CEP explica finanças do CT com Irmãos Moreira Salles: ‘Nunca entrou dinheiro no caixa do Botafogo’

Por meio de sua conta no Twitter, ex-presidente do Alvinegro afirma que clube nunca teve com os R$ 5 milhões doados pelos empresários para as obras no centro de treinamento

Carlos Eduardo Pereira - Botafogo
Carlos Eduardo Pereira foi presidente do Botafogo entre 2015 e 2017 (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

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As obras no futuro centro de treinamento do Botafogo vêm gerando um certo tipo de preocupação aos torcedores. Na última semana, um grupo de botafoguenses gravou um vídeo na entrada do Espaço Lonier acusando que as obras estavam paralisadas. Imediatamente, muitos se questionaram com o que fora feito com os R$ 5 milhões doados pelos Irmãos Moreira Salles para melhorar a infraestrutura do local, em 2018.

Carlos Eduardo Pereira, vice-presidente geral do Alvinegro, explicou a situação por meio de sua conta no Twitter. De acordo com o dirigente, tal quantia nunca entrou nos cofres do clube e sempre foi administrada diretamente por Walter e João Moreira Salles.

- Nunca entrou dinheiro no caixa do Botafogo na operação financeira do CT. Todos os pagamentos foram feitos diretamente pelos Irmãos Moreira Salles, eles abriram um crédito e todos os pagamentos foram feitos diretamente por eles. Não acredite nas mentiras que publicam. O clube vai publicar uma atualização ainda esta semana - escreveu.

Para critério de lembrança, o Botafogo assinou a escritura de compra do Espaço Lonier em abril de 2018. O local foi adquirido com a ajuda dos Irmãos Moreira Salles, que doaram, ao todo, R$ 20 milhões de reais - destes, 3/4 foram para adquirir a concessão e o restante para obras a curto prazo.

Ao dar as caras na rede social, o presidente foi atacado por uma parte dos internautas, que o acusaram de ter adiantado cotas de televisão durante o mandato como presidente, entre 2015 e 2017. Como o próprio dirigente havia afirmado em uma entrevista ao LANCE! em dezembro, ele afirmou que todos os movimentos financeiros foram pensando no bem do clube.

- Essa conversa de adiantamentos já deu. Paguei 50 milhões de reais no Ato Trabalhista. De onde veio o dinheiro? Só com seis jogadores, rebaixado, com todas as contas bloqueadas, sem dinheiro no caixa e na segunda divisão. Minha gestão resgatou o Botafogo da série B, da insolvência e fez ele ter um time respeitado e na Libertadores. Isto é trabalho sério - afirmou.

Carlos Eduardo Pereira fez questão de lembrar que colocou, durante a gestão, o Botafogo em uma posição de destaque no cenário nacional, com a campanha na Taça Libertadores de 2017, e lamentou pelas derrotas em anos recentes na Copa do Brasil.

- O Botafogo não podia parar e virar um clube de segunda divisão. Tinha que resgatar seu nome e assim fizemos. Lamento não ter conseguido entregar o clube novamente classificado para Libertadores. As eliminações precoces na Copa do Brasil são prejudiciais - colocou o dirigente.

- Fiz uma gestão responsável e os números provam isso. Basta consultar no site do clube. Optei pela VP Geral, pois acreditava que o trabalho que iniciei fosse continuar, o que não aconteceu. Não há vantagem nenhuma neste cargo ou em nenhum outro no Botafogo - completou.

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