Chamusca elogia segundo tempo do Botafogo e revela tristeza com empate contra o Vasco: ‘Frustrado’
Treinador explicou que entrada de Rickson e opção por três volantes foi tática, mas reconhece que equipe criou mais quando voltou à formação usual
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O Botafogo passou perto de conquistar a primeira vitória em clássicos na temporada 2021, mas levou o empate diante do Vasco nos minutos finais. Neste domingo, as equipes revelaram por 1 a 1 em São Januário, pela 4ª rodada do Campeonato Carioca. Na escalação do Glorioso, uma surpresa: Rickson e a presença de três volantes. Em entrevista coletiva, Marcelo Chamusca explicou.
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- A opção pelo Rickson foi tática, não técnica. Com ele, eu tinha duas possibilidades de formatação. A primeira com um tripé de volantes, como usei no começo de jogo, ou pelo lado direito, com o Marcinho por dentro, que foi a que eu usei no segundo tempo. Acho que crescemos assim, o gol surge com o posicionamento do Rickson já pela direita. Ele me dava a possibilidade de mudar o time sem substituir. Acho que funcionamos melhor assim. Essa semana eu tive muitos problemas com os volantes, então a estrategia foi de guardar o Kayque para o segundo tempo, fiquei muito satisfeito - afirmou.
A opção, contudo, não foi boa em termos ofensivos. Chamusca afirma que tinha medo do jogo entrelinhas do Vasco, mas a formação com três volantes precipitou a criatividade do Alvinegro. O comandante, assim, afirmou que teve que voltar à formação antiga, um 4-2-3-1, com um jogador atrás do atacante.
- A mudança está muito em cima da análise que fizemos em cima do Vasco, que tem uma saída de três e espeta os laterais de forma muito aguda, com MT e Zeca, mas como jogo de entrelinhas por dentro. A ideia nossa era fortalecer a marcação por dentro, por isso os três volantes no início e, assim, liberar Marcinho e Warley - analisou o treinador, que seguiu na explicação.
- Acho que a equipe teve um pouco de dificuldade, não na fase defensiva, nós anulamos o Vasco, a bola em movimento nós neutralizamos. Eu mudei a nossa mecânica de construção estava um pouco ruim com esse tripé, nosso segundo tempo foi muito melhor. Essa formação foi a que eu utilizei contra Bangu e Moto Club e funcionou muito bem - completou.
Com esta nova modelação tática, o comandante entende que o Botafogo cresceu na partida, principalmente na etapa complementar. Para ele, o time de General Severiano poderia ter saído com um resultado melhor de São Januário.
- A gente fez um segundo tempo muito bom no aspecto de construção de jogadas. Tivemos em contra-ataque muitas possibilidades, isso me deixa frustrado. Não apenas o treinador, mas comissão técnica e jogador. Pelo o que criamos, tivemos a chance de matar o jogo. Seria difícil o Vasco reagir. Só tomaríamos o gol se fosse uma situação assim, uma bola parada. Ficamos com o sentimento de frustração, nós jogamos para frente o tempo todo - comentou Chamusca, que conversou com os atletas após o jogo.
- Eu falei com os jogadores que podemos ficar chateados até amanhã de manhã, de tarde a gente já tem que pensar no Flamengo para fazer um grande jogo na quarta. Nós pecamos e isso tem algo direto nas substituições, mudei todas as mudanças que eu ia fazer, mexemos demais na estrutura defensiva. O Vasco teve o mérito de aproveitar essa organização. Estou frustrado com o resultado, mas satisfeito porque os jogadores seguiram o plano de jogo - admitiu.
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- Tem um ponto importante: a gente está fazendo testes, colocando jogadores que estão sendo contratados e construindo um padrão em jogos oficiais. Não tivemos pré-temporada, a gente vai ter essas surpresas em relação a alternâncias. Eu não sou preso a sistema nenhum de jogo, podemos jogar de várias formas. Eu fico preso em cada fases do jogo, hoje eu optei com o início com o Rickson para fazer um fechamento melhor do centro do campo, a ideia era fechar o setor, mas a gente perdeu em qualidade do setor. Essa experiência que foi feita está sendo com a bola rolando, assim como todo o Campeonato Carioca. A gente sai frustrado, mas estamos na briga, em um posicionamento onde podemos brigar lá em cima na competição.
Carioca como teste para a Série B
- O campeonato é importante para nós e queremos estar entre os quatro ao fim da primeira fase. Agora tem que ser coerente e ter tranquilidade porque estamos construindo um time. Contratamos atletas, precisamos dar padrão. Essa foi a primeira (semana) cheia que eu tive, depois é só jogar e trabalhar. Essa construção está feita com os jogos. Nossa ambição é ganhar os jogos, mas vão acontecer algumas situações que vão servir como análise, todos os jogos servem como construção para a Série B porque é como eu posso criar um vestiário com espírito vencedor e construir um estilo de jogo. No início da Série B, tenho certeza, os jogadores estarão muito mais conectados. Mas é um jogo de cada vez.
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