Chamusca fala em reformulação do Botafogo durante o Carioca: ‘É trocar o pneu com o carro andando’

Após empate sem gols com o Boavista, treinador do Alvinegro comentou sobre o pouco tempo de aplicar conceitos táticos e técnicos para os jogadores

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O resultado para uma estreia não foi o esperado para Marcelo Chamusca. O Botafogo empatou sem gols diante do Boavista, nesta quarta-feira, no Estádio Nilton Santos, pela primeira rodada do Campeonato Carioca.

Após a partida, o comandante reconheceu que o placar não era o esperado, mas ressaltou que o pouco tempo de treinamento traz dificuldade para aplicar os conceitos táticos e técnicos.

- Não se tem nenhum tempo para se introduzir um a ideia de jogo e preparar os atletas que estão sendo contratados. Intenção que a gente tem, desde que cheguei, é pontuar em todos os setores, e a gente vai ter que fazer essa reformulação durante a competição. É a única opção que temos. A pandemia exacerbou muito a falta de tempo, e isso é um desafio para mim e para o clube. Estamos alinhados com a comissão técnica e a diretoria. É trocar o pneu com o carro andando - afirmou.

Apesar disso, Chamusca reconheceu pontos positivos na atuação do Botafogo e declarou que, se uma equipe tivesse que sair como vencedora, teria que ser o Alvinegro. O comandante afirmou que a tendência é que a equipe evolua com o passar do tempo.

- Nós fomos muito superiores. Se tivesse que sair um vencedor no jogo, teria que ser o Botafogo. O Boavista jogou por uma bola, travou o jogo o tempo todo. O árbitro só deu quatro minutos de acréscimo, não dá para entender. Nós merecíamos muito mais do que o adversário. Não saio satisfeito com o resultado. Nosso acabamento está muito longe do que a gente quer, mas recuperar os atletas, já pensar no próximo jogo e a sequência no próximo tempo já dá para dar algo um pouquinho diferente - completou.

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Escalação

- Pelas poucas sessões de treino, eu procurei simplificar o máximo possível. Não existe mágica no futebol. Não dá para colocar ideias táticas sem ter o tempo devido. Nós mantivemos uma estrutura, procuramos colocar os jogadores que têm entrosamento e, claro, à medida que fomos recebendo as contratações, vamos colocando. Nós já demos um tempo para o Ronald, que chegou muito abaixo da parte física, não tinha condição de jogar 90 minutos. Zé Welison também voltando de departamento médico. Tem alguns conceitos que podemos melhorar muito, circular mais a bola nos corredores, pressionar um pouco mais, a gente pode trabalhar com os corredores laterais, mas tudo isso temos que implementar com a competição em andamento. Os jogos servem como observação.

Defeitos
- Melhorar a mudança de comportamento quando perdemos a bola no campo do adversário. Fizemos isso bem no começo do jogo, mas perdemos isso já no fim do primeiro tempo. E melhorar também a circulação, tem que ser um pouco mais rápida.

Ronald
- Se eu colocasse o Ronald para iniciar o jogo, eu estaria colocando o atleta em risco pelo tempo que ele estava parado. É tudo muito combinado com a fisiologia para, quando o atleta jogar, ter um desempenho satisfatório.

Qualidades
- O mais positivo foi que os jogadores foram muito fiéis ao plano de jogo que foi montado. O goleiro deles trabalhou muito mais que o nosso. A cereja do bolo seria ter finalizado uma bola com perigo e ter vencido. Agora que isso dê moral para a rapaziada e agora é recuperar em todos os aspectos, físico e moral, contra o Resende. É alinhar a performance com o resultado final.

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