Chegada ao ataque, força ofensiva e parte física: quem é Renzo Saravia, lateral perto do Botafogo
Argentino, à espera dos exames para ser anunciado pelo Botafogo, é forte na segunda metade do campo; jogador teve passagem apagada no Porto e foi bem no Internacional
O Botafogo tem um nome para reforçar a lateral-direito: Renzo Saravia tem acordo financeiro com o Alvinegro e, inclusive, iniciou a bateria de exames físicos neste fim de semana. Se aprovado, assinará contrato até dezembro de 2022 - com cláusula de renovação até 2023 caso ele bata metas.
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O argentino chega sem custos após se desvincular do Porto no começo do ano. A passagem mais recente de Saravia foi no Internacional, clube que atuou por empréstimo nos últimos dois anos. No Colorado, teve um começo de arrancar elogios, mas foi 'travado' por uma grave lesão sofrida em setembro de 2020.
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– É um lateral extremamente ofensivo e muito bom no cruzamento. Começou muito bem, foi uma indicação do Eduardo Coudet no Inter, só que sofreu uma lesão no joelho que foi consideravelmente grave, ficou cinco, seis meses fora e ele teve um déficit físico quando retornou pelo tempo que ficou parado - afirmou Filipe Duarte, setorista do Internacional no "Grupo RBS" ao LANCE!.
Saravia teve dificuldade de encontrar o ritmo de 2020 no ano passado e as boas atuações não apareceram com a mesma frequência. Apesar de ter entrado mais vezes em campo durante 2021, o argentino foi mais participativo nos primeiros meses de Colorado, sempre marcado pela ofensividade - e alguma dificuldade na recomposição.
– Ele não conseguiu repetir as boas atuações e até por isso o Inter não o comprou. Em alguns aspectos deixa a desejar. Não é tão falho, mas deixa a desejar no aspecto defensivo, é um lateral bom ofensivamente, faz bom jogo apoiado, tabelas, vai na linha de fundo, cruza bem... Mas até por não ter boa estatura a bola aérea é uma deficiência e a questão da marcação também - completou Filipe.
DECEPÇÃO NO PORTO
O lateral-direito foi campeão argentino pelo Racing em 2019, convocado para a Copa América pela Seleção e vendido ao Porto-POR logo em seguida. O defensor chegou à Terrinha com expectativa e solução para a solução, mas as coisas não andaram como o esperado. André Monteiro, do jornal "Record", é quem explica.
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– A passagem do Renzo aqui pelo Porto não foi muito feliz. Precisou de um tempo de adaptação ao futebol europeu quando foi contratado, fez quatro ou cinco jogos mas não engrenou. Passou a imagem de um jogador muito correto e voluntarioso dentro de campo, mas com algumas carências defensivas - analisou.
– Ele foi contratado para jogar. Penso que se tivesse vindo em um contexto diferente, com o Porto já tendo uma opção definida para a opção e o Saravia chegando para ser a sombra as coisas pudessem ter sido diferentes. Mas pela ansiedade de jogar e por ele ter apresentado algumas deficiências não vingou - completou.
O poder ofensivo de Saravia se fez presente, mas a dificuldade defensiva - principalmente no que diz respeito à transição - marcou. Não à toa, perdeu espaço nos Dragões e acabou optando pela rescisão do contrato.
– Os laterais-direitos no Porto geralmente são muito ofensivos mas também têm que cumprir tarefas defensivas, é um vaivém constante... Ele tinha algumas carências no posicionamento, no equilíbrio defensivo quando a equipe perdia a bola e a verdade é que ele nunca teve espaço dentro da equipe nas opções iniciais - ressaltou.
OFENSIVIDADE NAS VEIAS
Renzo Saravia tem o ataque e a chegada ao terço final como principal característica, se destacando justamente por essa chegada como um elemento a mais na finalização e criação de jogadas.
O defensor somava mais de 40% de acerto nos cruzamentos nos primeiros meses de Internacional, antes de sofrer a lesão no joelho em 2020 - os dados são do "SofaScore". Após o problema físico, o aproveitamento caiu para menos de 20%.
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Justamente por estar indo ao terço final a todo momento, Saravia tem dificuldade em recompor e cobrir espaços em contra-ataques e transições adversárias. Mesmo assim, não deixa barato quando está 'pleno' na jogada e vai para uma situação de um contra um - não à toa, somou 2.6 desarmes e 1 interceptação por partida no último Brasileirão. Por outro lado, sofreu 1.7 drible por jogo.
O argentino deve se juntar a Lucas Piazon e Philipe Sampaio como reforços da 'Era John Textor' para a sequência da temporada do Botafogo.