Confiança de Chamusca, velocidade e retorno ao Rio após o Vasco: conheça Felipe Ferreira, reforço do Botafogo

Meio-campista reencontra treinador e busca reeditar dupla de sucesso no Alvinegro; segunda passagem no Rio de Janeiro promete ser melhor que tempo no Cruz-Maltino

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O Botafogo faz questão de deixar uma das maiores dores de cabeças do time na última temporada para trás. O clube de General Severiano confirmou a contratação de outro jogador que ocupa a área dos lados de campo de forma ofensiva: Felipe Ferreira, que chega por empréstimo junto à Ferroviária. 

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O meio-campista é um velho conhecido de Marcelo Chamusca. A dupla trabalhou em conjunto no CRB, em 2019, e no Cuiabá, no ano passado. Foi justamente na equipe mato-grossense, com uma campanha de acesso à Série A do Brasileirão, que Felipe Ferreira ganhou destaque.

- É um jogador que atua aberto mais pelo lado direito. Chegou ao Cuiabá por indicação do Marcelo Chamusca, é um atleta de confiança dele. Veio para ser titular, mas teve algumas irregularidades no decorrer da temporada. Em algum momento chegou a ser líder de assistência do time no Brasileiro, mas por conta de uma lesão grau 2 ficou afastado por cerca de 30 dias - afirmou Dérick Bueno, setorista do Cuiabá na "TV Centro América", em entrevista ao LANCE!.

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Após o problema físico, Felipe Ferreira já não teve mais contato com Marcelo Chamusca, que havia fechado com o Fortaleza para a disputa da primeira divisão. Com o novo treinador, o meio-campista perdeu espaço e deixou de ter a mesma influência no Cuiabá.

- Quando voltou, já era reta final da Série B e o Chamusca tinha saído, o Allan Aal tinha assumido e ele perdeu espaço. Chegou a ficar fora de alguns jogos. Ficou treinando separado, teve uma proposta do Ceará, mas a negociação não deu certo. É um bom jogador, agrada à torcida, mas é um pouco irregular. Quando o Allan Aal assumiu ele não teve oportunidades, mas ele tinha a total confiança do Chamusca - ressaltou o jornalista.

Na última Série B, Felipe Ferreira somou dois gols e quatro assistências em 26 partidas. As médias por jogo foram de um passe para finalização, 15,3 passes certos (85% de aproveitamento) - sendo 11,6 no meio-campo adversário -, 1.4 bolas longas, 0.6 cruzamentos precisos (23%) e 1.7 duelos no chão ganhos. Os números são do "Sofascore".

RETORNO AO RIO DE JANEIRO
Será a segunda passagem de Felipe Ferreira no futebol carioca. Em 2019, quando se apresentava como um dos destaques da Série B pelo CRB de Marcelo Chamusca, ele assinou com o Vasco no último dia da janela do meio de temporada. No Cruz-Maltino, contudo, não conseguiu repetir o sucesso que mostrara na divisão inferior.

​- Se o Felipe Ferreira chega hoje ao Botafogo no que parece o auge físico e técnico, no Vasco, há dois anos, ele pareceu ser um achado de valor na Série B, chegou a fazer gol em quatro jogos seguidos, mas não conseguiu se consolidar como jogador de Série A. Ele chegou já na reta final da temporada, ficou à disposição pela primeira vez na 21ª rodada, em outubro. Jogou nove partidas, sendo titular em três. O Vasco tinha uma dificuldade no setor de criação que ele não foi capaz de resolver. Parecia ser um problema estrutural muito superior a que qualquer jogador conseguiu apresentar, não era algo só de atletas - afirmou Felippe Rocha, setorista do Vasco no LANCE!.

Felipe Ferreira pelo Vasco (Foto: Carlos Gregório Jr./Vasco)

No Vasco, vale ressaltar, Felipe não conseguiu se encaixar no esquema tático da equipe, à época, comandada por Vanderlei Luxemburgo. Com menos de dez jogos pelo clube, não teve uma passagem marcada por grandes momentos, algo que pode ser diferente no Botafogo, com o treinador que esteve presente nos melhores momentos da carreira individual do atleta.

- O fato é que ele demonstrou ter alguma técnica, mas não chegou a deixar saudade. Acredito que para Série B seja um nome bastante útil para o Botafogo, como também seria para o Vasco. No Cruz-Maltino, sempre atuou como meia-central, mas era um time que precisava de um primeiro volante com mais dois (volantes) à frente. O Felipe parecia ser um "10", e no Vasco não teve liberdade para tanto. Isso talvez tenha o prejudicado. Mas o fato é que ele não conseguiu impor a qualidade que fez o Vasco lhe interessar por ele - completou Felippe.

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