Cria do Flamengo, boa fase com Enderson e passe refinado: quem é Luiz Henrique, alvo do Botafogo
Meia pode atuar pela parte central ofensivo e também pela esquerda, mas perdeu espaço no Fortaleza com Vojvoda pela intensidade; no Rubro-Negro, trabalhou com Freeland
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Após as recentes lesões, o Botafogo precisou voltar ao mercado para encorpar o elenco visando a disputa da Série B do Brasileirão. O alvo para o sistema ofensivo está definido: Luiz Henrique, meio-campista de 22 anos do Fortaleza. Ainda não há uma proposta oficial, mas existem interesse dos dois lados para que um empréstimo até o fim do ano seja concretizado.
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Luís Henrique foi um jogador avaliado por Enderson Moreira. O atual técnico do Botafogo teve contato com o atleta no próprio Fortaleza, na temporada passada. Foi justamente sob o comando do profissional que o atleta viveu o melhor momento no Leão.
– Antes ele chegou a ser lateral-esquerdo e volante, mas com o Enderson jogou de meia mesmo, centralizado, e virou um cara importante pela qualidade no último passe e mobilidade, dando assistências pra gol. Ele consegue “clarear” a jogada e construir o lance com dois, três toques na bola - explicou Afonso Ribeiro, setorista do Fortaleza no "O Povo", ao LANCE!.
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Com Enderson, Luiz Henrique atuava centralizado em um 4-2-3-1, tendo liberdade de movimentação na parte central ofensiva. Por característica própria e para clarear sempre para a perna esquerda - o pé dominante -, o movimento principal do atleta era sempre partindo em diagonal para o lado esquerdo.
O meio-campista chegou a contribuir com duas assistências sob o comando de Enderson Moreira ne reta final do último Brasileirão, ajudando o Fortaleza a se livrar do rebaixamento.
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Com uma reta final de Brasileirão interessante, a promessa de que Luiz Henrique poderia ainda mais espaço no Fortaleza não aconteceu. Após a chegada de Juan Pablo Vojvoda, que substituiu justamente Enderson Moreira, o meio-campista não voltou a aparecer com frequência.
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– Luiz acabou perdendo espaço com o Vojvoda por não ter tanta intensidade no momento defensivo e ser um pouco mais cadenciado na hora de atacar - completou o jornalista.
O argentino atua com uma com dois alas e três jogadores no meio. Uma das principais características é a intensidade e as fortes transições. Luiz Henrique, contudo, não se destaca nesta parte: ele é um meia de toque refinado, mas que gosta de receber a bola e ditar o ritmo do jogo a partir dos passes, não necessariamente de movimentações.
Luiz Henrique foi utilizado como ala esquerdo com Vojvoda mas não correspondeu como havia feito na temporada passada, atuando em uma posição mais avançada do campo.
– Ele se movimenta, mas também não é um cara superdinâmico, que vai se matar marcando. Acredito que pode contribuir como um extremo sim. De lateral ele teve mais dificuldade, mas uma função mais adiantada pode facilitar - opinou Afonso.
RETORNO AO RIO?
Caso a transferência se confirme, Luiz Henrique voltará ao Rio de Janeiro. Isto porque o meia é cria das categorias de base do Flamengo e participou praticamente de todas as idades no Rubro-Negro. Foi lá, inclusive, que ele trabalhou com Eduardo Freeland, atual diretor de futebol do Alvinegro.
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Integrante da geração 1999, Luiz geralmente jogou com atletas mais velhos que ele, sempre estando acima do teto da categoria sub-20. Pelo Flamengo, fez parte de uma geração vitoriosa e chegou a atuar pelo time principal em 2020, mas não conquistou espaço pelo inchado elenco.
– Ele fez parte de uma das gerações mais vitoriosas do Flamengo. O Luiz entra na final da Copinha de 2018, nesse ano ganhou também o Carioca, OPG e o Troféu Dossena, no exterior. Em 2019, ele venceu o Brasileiro. Nem sempre foi titular porque era mais novo que a maioria dos companheiros, mas sempre estava participando - afirmou Matheus Berriel, jornalista que acompanha as categorias de base do Flamengo no "Mundo Rubro-Negro".
No clube da Gavéa, Luiz Henrique tinha uma função diferente da que exerceu no Fortaleza: mais recuado, era responsável por fazer a bola girar. Nem sempre aparecia com frequência no terço final, mas era um dos principais passadores.
– Desde o sub-17 ele mostrou qualidade, não era um meia de muitos gols mas sempre participava das tramas ofensivas, a bola sempre passava pelo pé dele. O início dele no Fortaleza me surpreendeu porque ele estava participando do ataque efetivamente, inclusive marcando gols. No Flamengo, a bola passava mais pelo pé dele para deslocar jogadas - completou.
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