Criatividade precária e desorganização no fim marcam novo tropeço do Botafogo
A primeira partida do Alvinegro no Niltão em 2019 terminou sem gols, contra o Bangu, e ligou o sinal de alerta para a Taça Guanabara. Críticas pesadas - e injustas - foram ouvidas
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Após o revés para a Cabofriense, a análise deste mesmo setorista destacou que as críticas destrutivas poderiam ser muito nocivas ao início do atual trabalho. E o risco aumentou. com a evidência de muitas incógnitas orbitando o Botafogo. No empate sem gols contra o Bangu, erros voltaram a se repetir e frustraram a torcida no Nilton Santos. A pressão, como se viu, já é considerável.
Zé Ricardo, em entrevista coletiva, destacou que entende, respeita, mas que não concorda com algumas cobranças mais pesadas ("time sem vergonha", por exemplo). Vou de encontro ao treinador, que nunca escondeu as dificuldades do clube e o que precisa ser melhorado. Não é momento para intranquilidade.
Contra o Bangu, vimos alguns estilhaços de bom futebol, o que significa uma evolução, ainda que a passos curtos. No entanto, dois aspectos foram nítidos para corroborar com a impaciência da torcida: a criatividade precária e a desorganização no fim, que quase resultou na vitória dos visitantes.
- Acho que a gente procurou tentar fazer um jogo mais elaborado. Sincronismo pelo meio com a bola já houve melhor entendimento. Com o cansaço natural e as trocas, perdemos o pouco sincronismo. Ficou muito aberto, não foi agradável o fim. Esse tipo de jogo aberto, solto, não é nem de perto o que a gente deseja. Temos que tirar essa lição para os próximos jogo - disse o técnico.
A lição, conforme citado por Zé, precisa ser tirada o mais breve, já que o clássico contra o Flamengo, a ser realizado neste sábado, deve ser decisivo para decretar o rumo da equipe na Taça Guanabara. O palco será o mesmo Nilton Santos, que vai cobrar ainda mais rendimento por parte do Botafogo.
O QUE DEU CERTO
Dando sequência ao seu laboratório no Carioca, Zé optou por mexer em todos os setores - o que já estava previsto, segundo ele. Gabriel foi testado na zaga, assim como Alex Santana, de segundo volante, e Aguirre como centroavante.
O zagueiro foi seguro e não sentiu a estreia. Pelo contrário, ele e Marcelo Benevenuto estiveram bem postados durante os 90 minutos. Já Alex Santana foi, no primeiro tempo, o principal nome da equipe. Participativo, se apresentou para colaborar na saída de bola, fez boas viradas e se apresentou para finalizar. No segundo tempo, cansou e caiu de rendimento - o panorama foi parecido com o de Wenderson.
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Outros pontos positivos e que podem ser explorados contra o Flamengo foram Aguirre e Erik. Se Luiz Fernando não entregou a dinâmica esperada como articulador, o uruguaio buscou se movimentar por toda linha ofensiva e incomodou os zagueiros - embora não tenha tido nenhuma chance clara. Já Erik, de volta, aguentou toda a partida e teve alguns lampejos do "Erik-2018".
A MAIOR DOR DE CABEÇA
Leo Valencia permaneceu como desfalque. Em tratamento de uma pancada na panturrilha, dificilmente enfrentará o Flamengo, deixando notória a importância de sua presença para a engrenagem rodar - Marcos Vinícius também deve seguir de fora. Em suma, João Paulo avançado no primeiro jogo e, agora, Luiz Fernando e Alessandro: o trio não deu conta da criação e pode fazer com que Zé altere a forma de jogar para o clássico de sábado. A ver.
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