O Botafogo estreou com o pé direito no Campeonato Brasileiro. A equipe bateu o São Paulo no Nilton Santos e ganhou moral para a sequência da temporada. Entre os destaques está Eduardo, que tomou conta do meio de campo alvinegro e segue sua fase goleadora desde que retornou aos gramados após uma lesão na coxa em 2022. Foram seis gols em sete jogos, sendo decisivo não só contra o Tricolor Paulista, como também diante do Ypiranga (RS), pela Copa do Brasil.
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Com a entrada de Danilo Barbosa, o camisa 33 passou a ter mais liberdade no meio para surgir de trás e encostar no setor ofensivo. No último sábado, o jogador foi o cérebro do time, com lances verticais procurando municiar Tiquinho Soares da melhor maneira. A dupla tem demonstrado sintonia em campo com tabelas e bom posicionamento para guiar o Glorioso a voos maiores no ano.
Contratado após rescindir com o Al Ahli, o atleta tem demonstrado que pode ocupar mais de uma faixa do meio, algo importante no estilo de jogo proposto por Luís Castro. Seja como volante ou meia, já provou ter credenciais para ser titular absoluto e o responsável direto pela construção da equipe.
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Quando o camisa 33 se lesionou, o Alvinegro enfrentou sérias dificuldades de encontrar um armador que suprisse a lacuna deixada. Gabriel Pires não teve êxito nas vezes em que exerceu essa função. Lucas Fernandes, por sua vez, também enfrentou problemas físicos e, apesar da qualidade, ainda não teve a sequência desejada. Nas vezes que entrou, ajudou bastante nesse fundamento, mas ainda longe do ideal em virtude das lesões.
No mundo árabe, quando ainda tinha a alcunha de Carlos Eduardo, o meia foi eleito o terceiro melhor jogador do Mundial de Clubes de 2019, atrás apenas de Salah, do Liverpool, e Bruno Henrique, do Flamengo. Uma das características marcantes era o de pisar frequentemente na área e incomodar os adversários com conclusões ao gol.
Nessa nova fase com a camisa alvinegra, esse fundamento tem chamado atenção da torcida, já que o meia tem mostrado sua "veia goleadora" ao estufar a rede e ser decisivo. Contra o Ypiranga (RS), Eduardo comandou o setor com nada menos do que 31 passes certos ao ler bem os espaços e circular a bola com categoria. Liderou outros fundamentos ao ser o atleta de linha que ficou mais tempo com a bola e o que mais sofreu faltas. Foi também o que teve o maior número de finalizações e cruzamentos certos, segundo dados do 'Footstats'.
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Quase como um segundo atacante, transitou na área com liberdade. No primeiro gol, por exemplo, praticamente cabeceou na pequena área. Em outro momento arriscou um voleio perigoso e recebeu novamente dentro da área para sacramentar a vitória. Foi, de longe, o jogador mais eficiente e praticamente encaminhou uma possível classificação.
No sábado, nos momentos em que o Botafogo esteve em apuros, foi, ao lado do goleiro Lucas Perri, novamente decisivo. Com a pressão inicial, foi de seus pés que saiu a cobrança de falta na cabeça do camisa 9 para abrir o placar. Quando o confronto caminhava para um empate, Eduardo foi certeiro e, de cabeça, ajudou o time a ficar com os três pontos.
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O ano ainda está em abril, e as principais competições do Glorioso começaram recentemente, mas não há como negar que o meio-campista tem mostrado qualidades para ser o protagonista na temporada. Contudo, precisa ter um companheiro que o ajude na construção para não ficar sobrecarregado. O elenco necessita ter mais equilíbrio como um todo para buscar um 2023 mais feliz e com conquistas.