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Botafogo entra com solicitação para adotar Regime de Execuções visando pagamento de dívidas trabalhistas

Ação visa que débitos com os credores sejam organizados em uma 'fila' ao invés de serem cobrados de uma vez só; em nota, clube fala sobre a intenção de virar uma S/A

Durcesio Mello - Botafogo
Durcesio Mello, presidente do Botafogo, encara um momento muito importante fora de campo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

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O Botafogo busca maneiras para fugir de uma gigantesca cobrança. O clube teve praticamente todas as dívidas trabalhistas executadas pela Justiça do Trabalho na semana passada e o valor do débito pode chegar até R$ 100 milhões. A diretoria tenta uma alternativa para evitar uma bola de neve tão grande.

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Em nota publicada nesta terça-feira, o Botafogo declarou que entrou com um pedido para entrar no Regime Centralizado de Execuções. Ou seja, caso esta solicitação for acatada, todos os credores seriam organizadas em uma espécie de "fila imaginária" e cobrados um por vez, ao invés de somar o valor de todos os débitos e cobrar de tudo de uma vez.

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A declaração do Alvinegro também comentou que a execução pode atrapalhar a intenção do clube em virar S/A, o projeto que planeja profissionalizar o departamento de futebol do Glorioso.

NOTA DO BOTAFOGO:
"O Botafogo protocolou, na última segunda-feira (23/8), uma solicitação no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região para adotar o Regime Centralizado de Execuções, mecanismo de fundamental importância para organizar, em fila, o pagamento aos credores, possibilitando que o Clube possa cumprir as suas obrigações trabalhistas de forma ordenada.

A reivindicação é fundamentada nos artigos 14 a 17 da "Lei do Clube-Empresa" (LEI Nº 14.193), recentemente sancionada pelo Governo Federal.

Como é de conhecimento público, o Botafogo está se estruturando para aderir ao projeto "Botafogo S/A" e à referida lei da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), que dispõe sobre normas de constituição, governança, controle e transparência, meios de financiamento do futebol, tratamento dos passivos das entidades de práticas desportivas e regime tributário específico. Há um sólido movimento interno, de profissionalização da gestão, para preparar o Clube para a mudança de chave.

A recente decisão do Tribunal Regional do Trabalho - 1ª Região, que determinou o Regime Especial de Execução Forçada (REEF), é um complicador agudo e não esperado aos planos de gestão do Botafogo e aos próprios credores, que certamente serão os maiores prejudicados caso este modelo agressivo e impagável de cobrança seja mantido.

O Botafogo tem consciência de sua realidade financeira, das dívidas existentes e possui pleno interesse em realizar acordos e cumpri-los. Há disposição em construir um modelo que torne o enfrentamento do passivo sustentável. Na última Demonstração Financeira, apresentada publicamente e sem ressalvas da auditoria, a situação foi relatada de forma responsável e transparente. Esse é o caminho que se quer seguir.

O Botafogo confia na Justiça e na reconsideração dos magistrados."

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