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Especial CEP: empolgado com Gatito, presidente admite que ‘O único que não vai me deixar saudade é o Sidão’

Na quinta parte da exclusiva ao LANCE, Carlos Eduardo Pereira reforça confiança no novo goleiro, entende que Sidão não permaneceu por opção e brinca sobre suas redes sociais

Gatito Fernández está na mira do Botafogo
imagem cameraCara nova: Gatito Fernández será o titular da meta alvinegra na ausência de Jefferson (Foto: Divulgação)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 19/12/2016
22:35
Atualizado em 20/12/2016
15:24

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Ao longo desta terça-feira, o LANCE! publica a entrevista exclusiva feita com o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira. Na primeira parte, ele fala sobre Montillo, Alemão e Victor Luis. Na segunda, CEP faz um balanço desses seus dois anos de gestão no Botafogo. Na terceira, o mandatário esclarece as dívidas do clube e faz projeções quanto ao orçamento dos próximos anos. Na quarta, abre o jogo sobre o direito de voto nas eleições do clube para os sócios-torcedores alvinegros e projeta nova relação da torcida com o Nilton Santos.

Nesta quinta parte da reportagem do L! com o mandatário alvinegro, CEP se rasga em elogios para Gatito Fernández, destaca que, dos jogadores que estão de saída, o único que não fará falta será Sidão e faz brincadeiras com relação as cobranças dos torcedores alvinegros nas suas redes sociais.

Houve demora ou peso técnico para não acertar com quem saiu do clube?

O caso do Diogo foi um acerto entre mineiros: o BMG e o Cruzeiro. Eles estão muito próximos e isso facilita. Sem falar do preço pedido por 50% dos direitos dele, que foi 1,5 milhão de euros. Isso estava fora do nosso orçamento. O Neilton é um caso diferente, em que o Cruzeiro fez um grande investimento nele, e demandaria apenas uma proposta de compra para adquiri-lo. E aí ficamos sem ter condições. Juro que ficaria com todos eles se eu pudesse, mas infelizmente não dá... o único que não vai me deixar saudade, por ter exercido direito dele, é o Sidão, e nós confiamos muito no Gatito Fernández e no Jefferson. Desejo aos que saíram todo o sucesso, mas infelizmente, algumas coisas ainda não conseguimos fazer nas contratações.

Em relação à expulsão do Airton na partida contra o Grêmio... houve uma punição para o volante e para o Sassá ou ficou apenas na conversa? 

Nós optamos por um tratamento interno daquele episódio. O elenco estava sob pressão, era um jogo decisivo para eles, para a torcida, para o clube... Eu mesmo estava mais nervoso que os dois juntos (risos). Tivemos um tratamento interno e conversamos com ambos. Não era o momento de passar a mão na cabeça deles, mas também não adianta crucificar. Contamos com eles para o ano que vem, pois são jogadores importantes.

Por que excluiu a sua conta do Twitter? Na época, fora um sucesso...

Aquela conta minha do Twitter teve uma ação estratégica por trás que foi fundamental. Eu sofro pessoalmente por restrições pessoais a nossa conta de banco por uma ação movida por um ex-jogador, Túlio Lustosa, e o advogado dele (Theotonio Chermont) é um perseguidor do Botafogo. E pouco inteligente, porque ele gosta de falar, escrever e fazer bravatas. E minha conta foi criada para monitora-lo. Claro que depois eu interagi, mas é quase impossível atender a demanda das pessoas. Se fizer isso, não faço nada no dia. Ao mesmo tempo que nas vitórias é gratificante, você também é agredido, xingado, e cria uma proximidade com pessoas que você não sabe nem que existem. O objetivo estratégico era a questão trabalhista, que eu ainda estou lutando com isso. Uma coisa absurda do futebol, um jogador que trabalhou em 2008, que o Bebeto de Freitas, com sua aura de profissional, criou e não pagou. Eu estou caminhando para pagar.

Alguma ideia surgiu da interação com os torcedores na internet?
As ideias são sempre bem vindas. Quando vejo sugestões, tanto na parte administrativa quanto de contratações, ouço a torcida, que me ajuda a formar uma visão global. Eu já atuava em função da ONG (animal) e as pessoas misturam com futebol no Facebook. Eu acho que isso é um trabalho mais de conscientização. Você fala de cachorro, e falam do Montillo (risos). Não dá para separar os dois. Quando estão com raiva, me chamam de presidente vira-lata. Eu tomo como elogio. Primeiro, que o vira-lata representa o brasileiro. Quem se achar puro no Brasil, está maluco. Ele é resistente, um trabalhador... vira-lata é sensacional. Me sinto elogiado. Como não tenho filho de duas pernas, tive meu vira-lata e sinto muitas saudades dele.

Algum arrependimento desde o começo da sua gestão?

Arrependimento não diria, pois estamos aprendendo sempre. No futebol você está sempre aprendendo, e tem que saber que futebol nem sempre é aquilo. Esperar valores éticos é sempre complicado. É tentar fazer um futebol melhor. O dirigente, premido de algumas situações, passa por cima do outro. E chama de profissionalismo. Vira um vale-tudo violento. Mas também não pode entrar de ingênuo nesse mercado. O importante é defender sempre o interesse do seu clube. E ter bons profissionais. O Lopes, em negociações do futebol, é experiente, tem uma ótima bagagem e tem sido um grande consultor. Converso e aprendo muito com ele.

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