‘Esquema com três atacantes não tem dado certo no Botafogo’
Quando Ricardo Gomes abre mão de um jogador do meio e escala o trio ofensivo, Botafogo perde no setor mais importante do jogo. Segundo tempo do Couto Pereira comprova isto
Para muitos, três atacantes é garantia de time ofensivo e buscando a vitória. Contra times da parte de baixo da tabela, então, a cobrança por uma escalação é enorme. Mas não é garantia de um time bem postado em campo. Talvez o primeiro tempo do Botafogo, no Couto Pereira, comprove isto.
Mesmo com Neilton, Pimpão e Sassá no ataque, o Alvinegro quase não incomodou o goleiro Wilson. Não surpreende que a melhor chance criada dentro do jogo todo foi com Camilo, após passe de Diogo Barbosa. Isolados, os pontas pouco renderam. Neilton segue sem ter a tão sonhada regularidade, enquanto Pimpão ainda não se reencontrou desde o retorno ao Botafogo.
Isolado, Sassá não participou do jogo. Nem sempre por culpa dele: o esquema prejudicou a fluidez do jogo no meio-campo, setor primordial para a bola chegar. E contra o Santa Cruz já havia sido a mesma coisa, mesmo com o triunfo. Contudo, acabou disfarçado pelos gols rápidos marcados por Sassá e Neilton. O time não fica compacto e nem mais forte na frente.
A tendência, com o retorno de Bruno Silva, é que Ricardo Gomes considere também o esquema com três volantes, tão utilizado por ele no Campeonato Carioca. Que o torcedor não pense na mesmice de criticar o técnico, por ser retranqueiro. Três volantes não é sinônimo de time defensivo, assim como três atacantes não indica um time ofensivo. O Botafogo acaba comprovando isso.