Sem variação tática, desfalques e mais: o que pode explicar a sequência negativa do Botafogo
Nos últimos dez jogos, Alvinegro saiu de campo derrotado em sete oportunidades. Com desfalques e carências no elenco, time tem regredido e tido falta de poder de criação
- Matéria
- Mais Notícias
O Botafogo passa por um momento de transformação fora de campo, com os investimentos de John Textor e possíveis mudanças a longo prazo. Contudo, o trabalho do técnico Luís Castro começa a não esboçar qualquer evolução e a causar insatisfação da torcida. O LANCE! elenca alguns problemas que podem justificar a falta de bom rendimento do time em campo.
+ Botafogo acerta com Marlon Freitas, do Atlético-GO, para 2023
Relacionadas
Nas últimas dez partidas, o Alvinegro saiu de campo derrotado em sete oportunidades. Mais que isso, foi a maneira como os últimos tropeços aconteceram, com um time sem qualquer poder de criação ou variação tática para surpreender os adversários.
+ Confira e simule a tabela do Campeonato Brasileiro
- ELENCO AINDA SENDO MONTADO E FALTA DE PRÉ-TEMPORADA
É preciso ponderar que o elenco do Botafogo tem sido montado durante a temporada. Luís Castro chegou com os campeonatos já em andamento e ainda está conhecendo o futebol brasileiro. No entanto, é um risco que John Textor correu com os prazos que tinha, mas a confiança é em um trabalho a longo prazo.
+ Ranking internacional escolhe os melhores clubes da década passada
Em vários momentos, o comandante português citou que a meta da equipe é permanecer na elite do futebol brasileiro. Sendo assim, ele tem plena consciência de que a oscilação iria acontecer, porém o Alvinegro pode entregar mais e regrediu em campo.
- FALTA DE PADRÃO TÁTICO E VARIAÇÃO DE JOGADAS COLETIVAS
No duelo contra o Cuiabá, ficou nítido que Luís Castro insiste apenas em um estilo de jogo e demora a fazer alterações. A equipe carece de uma maior variação para atuar de acordo com a distribuição que o adversário apresenta em campo.
+ Luís Castro cita desfalques para justificar derrota do Botafogo: 'Vamos sobrevivendo ao campeonato'
O Dourado, por exemplo, tinha Rodriguinho como falso 9, o que fez com que a função dos três defensores fosse praticamente nula. Eles também não foram efetivos na criação com uma bola longa e lentos na marcação contra um adversário com dinamismo nas trocas de posições.
Não é porque os três zagueiros funcionaram contra o São Paulo, que o esquema tenha que ser utilizado em todos os jogos da temporada. O comandante português parece ter dificuldade para variar com os desfalques e as peças que tem em mãos
INÚMEROS DESFALQUES EM UM ELENCO COM POUCAS OPÇÕES
É nítida a necessidade de reforços no elenco do Botafogo e isso tende a ocorrer a partir da próxima semana (abertura da segunda janela de transferência da temporada). Porém, o time pode e deve entregar algo mais efetivo em campo, sem ser amplamente dominado em determinados confrontos.
+ Expulsos, Hugo e Daniel Borges desfalcam o Botafogo no Brasileiro; time terá dois reforços
Além das carências do elenco, Luís Castro também sofre com atletas lesionados. Ele tenta fazer a equipe ter equilíbrio entre as linhas, mas é notória a dificuldade que vai além de maus resultados. Diante disso, a inconsistência tem pesado, e o time tem deixado pontos importantes pelo caminho.
FALTA DE PODER DE CRIAÇÃO E ARTICULAÇÃO NO MEIO
Um dos setores que mais tem enfrentado problemas neste início de trabalho do português é o meio de campo. Em vários momentos, o time abusou da bola longa e não conseguiu dar sequência às jogadas. O ataque não consegue segurar a bola na frente para que o centroavante faça o pivô e trabalhe com os meias e pontas que venham de trás.
+ Carli lamenta derrota do Botafogo e diz que time precisa de 'cabeça' para jogo decisivo na Copa do Brasil
Patrick de Paula (contratação mais cara da história do clube) e Tchê Tchê (não tem tido mais oportunidade) não conseguem corresponder em campo. Tem faltado mais dinamismo e velocidade para encaixar as transições ofensivas e fazer o Glorioso ser mais perigoso. Kayque foi o único volante que ainda conseguiu se destacar nesse tipo de jogada, mas torceu o joelho.
- SISTEMA DEFENSIVO LENTO E CAOS NAS BOLAS AÉREAS
Com a linha de três zagueiros, a defesa se comportou bem contra o São Paulo, porém ficou lenta com os jogadores que tem à disposição. No domingo, o Cuiabá teve liberdade para transitar no último terço e faltou mais atenção, sobretudo no primeiro gol. Gatito Fernández falhou, mas a defesa também não teve tempo de reação.
+ Botafogo fez contato por Alex Teixeira, mas recuou por iminente acerto do atacante com o Vasco
As bolas alçadas na área têm incomodado e gerado bons momentos para os adversários. Apesar do triunfo sobre o Red Bull Bragantino, cada bola cruzada era um caos, algo que também aconteceu em outras partidas. Luís Castro precisa corrigir essa deficiência antes que deixe mais pontos pelo caminho.
Mais lidas
Newsletter do Lance!
O melhor do esporte na sua manhã!- Matéria
- Mais Notícias