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Fim da Taça Guanabara: veja as lições tiradas pelo Botafogo para o restante da temporada

Alvinegro não conseguiu avançar às semifinais do Carioca e acabou a primeira fase do Estadual na sétima posição, com 15 pontos

Botafogo x Macaé
imagem cameraO jovem Paulo Victor foi uma das gratas surpresas do Botafogo na Taça Guanabara. Foto: Divulgação/Botafogo
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 26/04/2021
17:13
Atualizado em 27/04/2021
07:30

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No último domingo, embora tenha goleado o Macaé por 4 a 0, o Botafogo se despediu da Taça Guanabara, sem ter conseguido o maior objetivo: se classificar às semifinais do Carioca. Assim, na sétima colocação, com 15 pontos, o Glorioso amargou seus próprios erros durante a disputa da competição, mas também teve gratas surpresas que podem se desenvolver mais ainda ao longo da temporada. Assim, veja a análise do que deu certo e os pontos negativos do Glorioso ao longo de tal fase do Estadual.

> Veja a classificação final da Taça Guanabara

OPÇÕES QUE NÃO FUNCIONARAM

Ao todo, ao longo das 11 rodadas da Taça Guanabara, o técnico Marcelo Chamusca utilizou 32 jogadores. Embora o Botafogo tenha sido a equipe que menos testou jogadores em comparação a Vasco, Fluminense e Flamengo, o número segue alto e passivo de análises sobre quem se saiu bem e quem decepcionou.

Assim, entre os atletas mais criticados pela torcida, o volante Luiz Otávio, novamente, não conseguiu agarrar as chances que teve. Em cinco partidas disputadas, o jogador passou a insegurança defensiva apresentada em 2020 e ligou o alerta para uma posição de contenção, que tem a prerrogativa de auxiliar o sistema defensivo do Alvinegro - um dos setores mais abalados pela reestruturação do elenco. 

Além disso, outro ponto que preocupa foram as contratações que ainda não se firmaram. É verdade que, no caso de Felipe Ferreira, por exemplo, o meia atacante até chegou a balançar as redes duas vezes, e ter uma boa atuação contra o Madureira, por exemplo. Porém, igualmente a Marcinho, o jogador caiu de rendimento e passou a apresentar uma certa afobação para concluir as jogadas. 

Logo, esses dois atletas que tendem a atuar como pontas - Marcinho e Felipe Ferreira -, demostraram contra o fragilizado Macaé, não estarem em um bom momento. Isso porque, em um jogo que o Glorioso foi superior, principalmente na segunda etapa, os jogadores destoaram da equipe e fizeram com que a torcida começasse a se preocupar com a posição. 

Ronald, por sua vez, entrou em nove ocasiões, porém, entre todos os atacante de lado, talvez tenha sido quem menos se destacou. Ainda acuado, o jogador tem a vantagem da velocidade a seu favor, no entanto, no esquema de Marcelo Chamusca, ainda não conseguiu desempenhar o bom futebol apresentado no Botafogo-SP.

PÊNDENCIAS A MELHORAR

É claro que o time inteiro pode desempenhar um futebol melhor, no entanto, em relação às carências dessa equipe, quatro atletas que já apresentaram um nível superior ao atual podem evoluir na temporada. São eles: Marco Antônio, Ênio, Warley e Ricardinho. 

A começar pelo jovem Ênio, igualmente a Warley, por ser cria da base, a paciência automaticamente vai ser maior. Com nove jogos disputados na competição, o garoto foi bem em partidas como o empate sem gols contra o Bangu, ainda na terceira rodada, mas por atuar poucos minutos, acabou perdendo o ritmo, mas pode voltar a 'incendiar' o ataque Alvinegro. 

No caso de Warley, o jovem tem a vantagem de conseguir desempenhar tanto o corredor direito defensivo - sendo um reserva de Jonathan -, como o ofensivo. Porém, depois de começar bem a temporada, o jogador caiu muito de produção e já a algum tempo não consegue se achar no time de Chamusca.

Outro que começou bem mas viu seu futebol descer um degrau foi Marco Antônio. O reforço vindo do Bahia marcou na estreia contra o Nova Iguaçu e virou a partida. Assim, com moral, ganhou a titularidade de Marcelo Chamusca, porém, viu o excesso de vontade deteriorar seu desempenho. No entanto, é bom jogador e pode acrescentar mais a uma posição que ainda é lacuna na equipe. 

Marco Antônio
Marco Antônio comemorando seu gol contra o Nova Iguaçu. (Foto: Vítor Silva/Botafogo)

Ricardinho, entretanto, não foi mal. Contudo, por ter sido a contratação para referência no meio campo, ainda não apresentou o que se esperava dele. É claro que aos 35 anos, o jogador não vai conseguir imprimir uma dinâmica elevada à equipe. No entanto, o meia pode sim assumir mais o papel de armador do time e, com isso, municiar efetivamente os jovens Navarro e Matheus Nascimento. 

SURPRESAS POSITIVAS

Como de costume para os torcedores botafoguenses, talvez a posição de goleiro seja a mais poupada de críticas já a algum tempo. Dessa forma, com Douglas Borges não é diferente. Dona das metas do Glorioso nas ausências de Cavalieri e Gatito, a contratação esteve em 10 partidas do Carioca e foi bem com defesas importantes. 

Outro ponto a se relatar é a defesa. Embora o Glorioso ainda tenha algumas heranças de problemáticas defensivas de 2020, a dupla Kanu e Gilvan parece estar se encaixando. Assim, somente atrás da Portuguesa-RJ, o Botafogo acabou a Taça Guanabara com a segunda melhor defesa e os dois jogadores sendo um dos únicos a apresentarem confiança no sistema defensivo. 

Já no meio campo, quem agradou foi Matheus Frizzo. O volante foi um dos melhores jogadores do Botafogo na competição. Com polivalência, conseguiu exercer bem a meta defensiva e 'quebrou um galho' no que diz respeito a armação do time. Pedro Castro é outro que pode ajudar o meio campo do Botafogo a crescer. Após retornar de lesão no joelho, o jogador marcou um golaço e foi um dos melhores contra o Macaé. 

Outros três jovens que vale se destacar são Rafael Navarro, Matheus Nascimento e Paulo Victor. No caso dos atacantes, ao que tudo indica, serão, pelo menos até o início da Série B, as opções como referência na área. Logo, é claro que ainda existem pontos a melhorar, como as escolhas certas de jogadas. No entanto, Navarro e Matheus Nascimento não deixaram de mostrar vontade para ajudar a equipe e um futuro promissor pela frente. Aliás, vale lembrar que os dois tem apenas 21 e 17 anos respectivamente. 

A situação de Paulo Victor, contudo, talvez seja a mais definida do elenco botafoguense. Isso porque, após as péssimas partidas de Rafael Carioca, o treinador Marcelo Chamusca parece finalmente ter notado que a lateral esquerda pertence ao jovem de 20 anos. Dessa forma, com muita personalidade no ataque e dedicação defensiva, a jovem promessa alvinegra foi, sem dúvidas, o principal destaque do Botafogo na Taça Guanabara, inclusive dando duas assistências contra o Macaé. 

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