VP de finanças afirma que não há perspectiva para pagamento de salários dos atletas do Bota em dia
Ao LANCE!, Luiz Felipe Novis analisou que a prioridade da diretoria é quitar os débitos com os atletas do elenco, que caminham para o segundo mês de atrasos
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A situação financeira do Botafogo não é confortável. Pela falta de pagamento de salários e premiações, os jogadores, em forma de protesto, resolveram não falar com a imprensa e cancelaram ações de marketing junto ao clube. O mês de junho vence na próxima sexta-feira e, ao LANCE!, Luiz Felipe Novis, vice-presidente de finanças, afirmou que a possibilidade do pagamento em dia é pequena. Além disto, o dirigente falou que a prioridade é dos jogadores.
- Infelizmente, não temos essa perspectiva, apesar desse assunto ser prioritário para a diretoria. Nós temos o salários dos funcionários em dia, eles passam a ter junho atrasado a partir de amanhã, o quinto dia útil do mês, e temos os jogadores, que estão em aberto os salários e imagens de maio também, eles estão indo para o segundo mês de salários atrasados. A prioridade seria o pagamento dos salários dos atletas porque, nesse momento, eles estão com mais defasagem - afirmou.
Uma esperança para as finanças do Botafogo podem ser a recuperação das CNDs (Certidão Negativa de Débito), que estão bloqueadas por uma decisão judicial. Há cerca de duas semanas, o departamento jurídico do Alvinegro conseguiu uma liminar para parcelar a dívida com a União e, a partir do pagamento da primeira parcela, receber o dinheiro do patrocínio da Caixa Econômica Federal e da Tim, que patrocina os esportes olímpicos por meio da lei de incentivo ao esporte.
- Nós estamos tratando sobre isso exatamente agora, estamos vendo essa possibilidade de havermos um parcelamento junto à receita e à procuradoria da fazenda nacional, o nosso jurídico está encarregado disso. De qualquer forma, esse parcelamento exigirá alguns recursos iniciais que a receita exige e, provavelmente, o que falta receber seria utilizado justamente em uma operação para cobrir isso. Não dá para garantir que esses recursos pudessem ser utilizados para o pagamento dos salários, nós estamos procurando outras alternativas.
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Em julho, o Botafogo começará a receber o valor referente ao pagamento das cotas de televisão. Apesar disto, Luiz Felipe Novis afirmou que tal valor não é suficiente para cuidar de todas as dívidas, já que o Alvinegro possui dívidas com a própria emissora, por conta de um adiantamento feito em 2014, ainda na gestão do ex-presidente Maurício Assumpção.
- Nós começamos a receber os pagamentos da Globo, mas eles estão comprometidos pelo Ato Trabalhista, algumas penhoras e em pagar a própria Globo, sobre aquele adiantamento que foi feito lá em 2014 sem juros e correção, mas que vem sendo quitado desde então. Faltam duas parcelas diluídas em 2019 e 2020, temos que pagar a Globo diretamente com os recursos que ela nos paga - analisou.
- Estamos verificando junto com a Globo se isso pode, de alguma forma, ser flexibilizado. O fato é que hoje temos essa dívida, e o que sobra não dá para fazer frente a todas as nossas despesas. Aí, temos que recorrer às receitas extraordinárias, que não são fáceis de conseguir, como propostas de jogador, mas dependemos que cheguem propostas de fora - completou.
Sem patrocinador master, Novis assegura que este é um dos objetivos da diretoria do Botafogo. Além disto, o dirigente afirmou que o clube ainda vai receber o valor referente ao patrocínio da "Casa de Apostas".
- O marketing está trabalhando forte nisso, temos o patrocínio da Casa de Apostas, que ainda vamos receber o valor referente, mas que também já está comprometido para o pagamento de adiantamentos que foram feitos. O patrocínio master está no radar do departamento comercial - finalizou.
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