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Renato Paiva destaca evolução ofensiva do Botafogo: ‘Se traduz em números’

Treinador ressalta clara evolução ofensiva do time alvinegro

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imagem cameraRenato Paiva, técnico do Botafogo, durante partida contra o Juventude, no Nilton Santos, pelo Campeonato Brasileiro A 2025 (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)
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Isabelle Favieri
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 06/04/2025
00:23
Atualizado há 2 minutos

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O Botafogo venceu o Juventude por 2 a 0 neste sábado (5), em jogo válido pela segunda rodada do Brasileirão, o primeiro triunfo no campeonato nacional. Igor Jesus e Mateo Ponte foram os autores dos gols. Depois da partida, Renato Paiva analisou o crescimento de produção do Alvinegro e a correção de erros identificados com a derrota para a Universidad de Chile pela Libertadores.

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— É um jogo daqueles que a equipe vai crescendo com o jogo. Não entramos bem, de fato, começamos mal no jogo. Eu também entendo, e disse aos jogadores, que o mais importante é ganhar. Obviamente, também, colocar o nosso estilo de jogo em prática, mas também, quando não conseguimos. Eu costumo dizer que quando não vai no talento, vai na personalidade, na raça. E a equipe percebeu que não entrou bem, mas não se desesperou. Esperou o momento de se estabilizar, de entender. Uma movimentação na nossa pressão que falhou, permitiu que o Juventude ficasse mais com a bola, fomos acertando, acreditando, começando a ganhar bolas na pressão, a circular com mais paciência. A exemplo do que aconteceu no Chile, a nossa circulação ainda não está do jeito que eu quero. Eu entendo a vontade dos jogadores de chegar rápido ao gol, mas nós temos que encontrar o momento e o espaço certo para chegar ao gol. Às vezes queremos chegar em zonas onde não é possível obtermos vantagem.

— Acabamos por fazer o gol em um momento que não estávamos dominando o jogo. E o gol tem uma correção em relação ao Chile. Mais gente na área, mais gente a atacar espaços, sendo mais agressivos na área, só assim conseguimos fazer gols. E depois no intervalo, de fato, fizemos correções posicionais. Estávamos abrindo espaços que permitiam que o Juventude circulasse mais a bola do que aquilo que nós queríamos. Estávamos saindo na pressão em momentos errados, mas começamos a melhorar na posse, na construção, na circulação, a ter mais critério e ter mais paciência.

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Igor Jesus e desempenho ofensivo

O ponto positivo da vitória foi o fim do jejum de gols de Igor Jesus. O centroavante não marcava há mais de dois meses, na vitória sobre o Fluminense na estreia do elenco principal no estadual. Renato Paiva elogiou o atacante e disse que ele "começou a entender" o estilo de jogo.

— Jogador de Seleção Brasileira, goleador. Não fazia gols há um tempo. A forma como eu vejo o jogo não é melhor de que ninguém. Nos meus conceitos, o camisa 9 tem que estar na área. Passar o mais tempo lá para quando a bola chega. Tem que fazer o trabalho fora da área, quando se aproxima, mas não pode não estar lá quando a bola chega. O 9 tem que jogar dentro de suas características específicas porque é finalizador, tem que finalizar as jogadas. Não quero que fique parado, tem que sair, mas quando a bola chegar tem que estar lá. Hoje começou a entender e já fez dois gols, um impedido. Temos que colocar na zona de finalização — disse Paiva.

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Além de Igor, o treinador português avaliou também o desempenho ofensivo do Glorioso contra o Juventude e o comparou às atuações de jogos anteriores. Segundo o técnico, a equipe deixou de ter uma "posse de bola estéril" e passou a ser efetiva.

— A melhoria se traduz em números. Porque foram zero gols contra o Palmeiras, zero gols contra a La U, e hoje fizemos dois. E hoje, além de fazer dois, corrigimos uma coisa que tivemos no Chile: uma posse de bola estéril, ou seja, uma posse de bola sem efetividade e sem terminarmos as jogadas em finalização, nem isso conseguimos fazer, especialmente na segunda parte. Tivemos praticamente apenas duas oportunidades, e é muito pouco para uma equipe que quer ter posse. Então, eu acho que hoje é uma clara melhoria nas definições, no última passe. Volto a dizer, podíamos ter feito mais gols, talvez poderíamos ter sofrido um gol. Mas, são passos, há evolução. Não fizemos gols nos últimos jogos, mas fizemos gols nos amistosos: três no Cruzeiro e três no Novorizontino. Eu tive que perceber o porquê não fizemos, e essa definição foi muito importante: colocar mais gente nas zonas de finalização, não podemos criar volume e ter apenas um homem na área para finalizar.

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Agora, o Botafogo vira a chave para o duelo contra o Carabobo, da Venezuela, pela segunda rodada da Libertadores, na próxima terça-feira (8), a partir das 19h (de Brasília), no Nilton Santos. O Glorioso perdeu o primeiro jogo na competição por 1 a 0 para a Universidad del Chile, em Santiago, na última semana.

Confira outras respostas de Renato Paiva

Coletivo x individual

— O trabalho coletivo potencializa o individual. O Jair de hoje é melhor do que quatro jogos atrás, tem ao lado um jogador que é um paizão. O Savarino melhorou como um 10, o Cuiabano e o Telles são bons, melhoram a disputa por posição. Os que entraram, entraram muito bem e vão dar dor de cabeça ao treinador. No jogo temos que perceber o que está errado para corrigir. Fomos mais coletivos e mais perto do que eu quero no segundo tempo do que no primeiro. O Newton é um menino, chegou depois de fazer uma grande temporada. Temos o Allan. O Mastriani eu quis dar minutos porque não vamos ter o Igor na terça-feira. É por isso que nós gastamos. Às vezes acertamos, mas às vezes não. Ontem fomos a campo trabalhar coisas que não fizemos no Chile. No campo, os detalhes posicionais ajudaram a fazer coisas que não fizemos no Chile.

Cobranças da torcida

— Replicar trabalhos não é fácil. Teríamos que encontrar outro Almada e Luiz Henrique, mas não existem. Temos que jogar em função do que temos. O Artur não é Luiz Henrique e o Santi não é Almada. Quando eu cheguei no Bahia, tinham acabado de subir da Série B para a Série A, com 25 novos jogadores. Queriam que ganhasse o Baiano, mas não era o elenco que é agora. Só que a culpa é do Paiva. Mas o Paiva é tranquilo, tenho a consciência tranquila. Comparam o trabalho do Bahia com o Botafogo, mas cheguei aqui com o elenco montado, campeão da Libertadores e do Brasileiro. Não viram o Toluca ou o Del Valle, que nunca tinha sido campeão. O trabalho do treinador tem validade menor que um iogurte, porque é de três em três dias. O Guardiola no Manchester City não pode ser comparado com o Guardiola de quando começou no Barcelona B. Com o Bahia eu fiz a melhor campanha na Copa do Brasil. No Brasileirão fui exposto porque é muito difícil. Como vou contrariar a desconfiança? Ganhando e jogando bem? Quando não jogar bem, tem que ganhar. E quando não ganhar tem que tentar jogar bem. E depois trazer taças. É a forma que tento convencer. O torcedor já viu coisas melhores, não está satisfeito, e me junto a eles. Gosto da exigência da torcida e gosto que desconfiem do meu trabalho. Sei do que sou capaz, do que o estafe é capaz e sei dos jogadores que tenho. Eu sei o porquê de tantas vitórias.

Interesse no Cauly

— Antes de chegar ao Botafogo, eu fui ao Charla Podcast e falei do Cauly, um jogador que pedi muito no Bahia. É um jogador que gosto, falei publicamente, não vou ser hipócrita. Falo dos meus jogadores que aqui estão, tenho 30. Nessas horas livres tem que trabalhar o individual, o coletivo. Vou ver agora o Carabobo. Tenho reuniões com scout, direção. Vamos alinhar nomes. E depois vou gerir os jogadores que aqui estão, que são os que importam, os que suaram e me deram os três pontos. Mas eu gosto dele. Mas também gosto do Messi, do Cristiano Ronaldo e do Modric. Mas estão mais velhinhos, gosto também do Vini Jr.

Mastriani e ausência do Rwan Cruz

— Temos três camisas 9. O Rwan este fora do Brasil uma semana para tratar problemas pessoais, veio de um campeonato diferente e precisa de adaptação. O Mastriani, não. Já conhece o jogo. Agora tem que aprender na base do vídeo o que nós queremos, olhando o Igor e olhando também na possibilidade de jogar os dois. Não gosto de ter só um esquema. Quero ter os três à disposição. Temos jovens na base também. Mas foi por uma questão pessoal. Tem jogadores que necessitam de adaptação, mas outros não precisam.

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Savarino e Patrick de Paula 'camisas 10'

— Não tenho bola de cristal para dizer, mas recebo indicadores. Tenho o Savarino e Patrick na posição de 10. O Savarino sofreu uma lesão e eu precisei colocar alguém. O Patrick tem condição de jogar ali, mas jogou pouco na carreira. Mas quero estimulá-lo a coisas novas. Ele tem qualidade. Mas sei que ele pode jogar mais atrás. Hoje tentei jogar com os dois. Quis o Savarino como extremo, mas com liberdade para jogar por dentro, dando o corredor para o lateral. O Patrick tinha que ter um pouco mais de espaço e aos poucos foi tendo. Contra o Palmeiras foi bem. Arriscamos. Mas os níveis de cansaço depois do jogo no Chile aumentaram. Quando eu tiver todos à disposição sei os sistemas que vou usar, mas hoje é possível. Agora terça-feira temos que dar uma nova resposta, ser mais contundentes, não dar muito a bola ao adversário. Uma coisa que me deixou feliz, que gosto nas minhas equipes, é que quando acertamos a pressão o Juventude não conseguiu jogar. Tenho na cabeça onde os jogadores jogam melhor.

Calendário

— Acho que todos os treinadores que trabalham no Brasil, se pudessem pedir, iriam querer mais tempo para trabalhar. Mas o calendário é assim há muito tempo. Temos Série A, Libertadores, Copa do Brasil, Mundial de Clubes. Fantástico. Estaria preocupado se estivesse só em uma competição. Quando há um problema o treinador que tem que encontrar soluções ou então não vem para o Brasil. Se um dia a CBF perguntar, eu vou dar minhas opiniões, senão eu vou trabalhar. Mas todos os treinadores precisam de tempo para treinar, quem disser que não, está mentindo. Algumas semanas temos dois jogos, mas em algumas temos a semana livre. Ontem fizemos um treino a passo. Temos que aproveitar o tempo que temos. Quem joga menos vai aproveitar.

Mateo Ponte

— É um exemplo de jogador que faz parte de um grupo fantástico. Ainda não tinha minutos, mas não protestou, não fez cara feia e sempre se colocou à disposição. O Vitinho começou melhor, vi que não tinha que mudar, mas quando foi chamado respondeu. Porque trabalhou sério, não ficou de cara feia. As indicações de que me deu foi de que sempre estava pronto. Ali pela direita é mais um lugar que a disputa vai fazer crescer os dois. Os jogadores querem sempre jogar.

Patrick de Paula

— Sabendo que o Patrick nunca foi um 10, com o tempo ele vai acostumando. Senti o Patrick muito estático e muito marcado. Quando ele começou a soltar, ser mais coringa, foi bem. Ele tem qualidade. Temos um plano para ele de recuperá-lo. Sei que quando o Savarino vai para 10, junto com Santi e Artur, ficam três jogadores muito agudos. Estou privado de ter o Savarino 100%. O Cuiabano jogou hoje, o Vitinho fez quase três jogos completos. Vou continuar fazendo isso.

BRASILEIRO A 2025, BOTAFOGO X JUVENTUDE
Renato Paiva, técnico do Botafogo, durante partida contra o Juventude, no Nilton Santos, pelo Campeonato Brasileiro A 2025 (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)

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