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Ao L!, VP de finanças explica por que Botafogo não adotou a MP 936 ao demitir funcionários

Luiz Felipe Novis afirmou que Alvinegro faria, de qualquer maneira, uma readequação no quadro administrativo, mas que medida foi acelerada pela pandemia do coronavírus

Luiz Felipe Novis - Vice de finanças Botafogo
imagem cameraLuiz Felipe Novis cuida das finanças do Botafogo (Foto: Reprodução/Internet)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 04/05/2020
16:21
Atualizado em 05/05/2020
11:17

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O Botafogo demitiu 45 funcionários na última segunda-feira. A medida, diante da pandemia do coronavírus, foi para auxiliar a diretoria do clube a diminuir a folha salarial e, consequentemente, aliviar os cofres do clube de General Severiano, que estavam apertadas antes mesmo do COVID-19. Ao LANCE!, Luiz Felipe Novis, vice-presidente de finanças do Glorioso, explicou como os desligamentos foram feitos.

- Estamos vivendo em um contexto difícil, foi a necessidade de otimizar. A situação do clube está mais complicada ainda do que geralmente é. Reunimos os chefes de todas as áreas e vimos como reduzir as folhas. Não dava para continuar a mesma folha nesse momento. Foi feito o critério de analisar as pessoas. É triste, obviamente nunca ficamos satisfeitos de demitir ninguém, mas foi preciso - afirmou.

O salário de maio dos jogadores não será mexido, como ressaltou Carlos Augusto Montenegro. Os funcionários, por outro lado, receberam apenas os vencimentos de janeiro e parte de fevereiro em 2020.

- Continua o mesmo processo. O que a gente receber vamos acertar a folha com os funcionários restantes, pelo menos o mês de fevereiro. Não trabalhamos com um prazo certo, a gente espera acertar em breve - admitiu.

Diante do cenário de demissões, o Botafogo tinha a opção de aderir à Medida Provisória 936, que diz respeito à redução de salários e redução de jornada de trabalho em até 75% por até três meses - com o clube não podendo desligar ninguém por seis meses, no caso. Luiz Felipe Novis explicou que o Alvinegro não buscou este caminho porque os desligamentos estavam previstos de qualquer jeito.

- Com a MP, de certa forma, a gente teria que ser obrigado a recontratar essas pessoas no futuro. Estamos fazendo uma analise nos gastos do clube. A quantidade (de funcionários) estava subdimensionada. Ninguém fica satisfeito com isso, mas não daria para usar a MP agora e depois ficar com essa obrigação. Foi feito um ajuste administrativo, como em qualquer empresa. O botafogo não tem nada de diferente, infelizmente. É a própria conjuntura do clube. Em algum momento nós faríamos isso, até pela chegada da S/A - disse.

O dirigente, por outro lado, admite que o Botafogo pode buscar a Medida Provisória no futuro. Novis afirmou que a ação do Governo Federal é uma ação viável caso as competições - e as receitas, consequentemente - fiquem paralisadas por mais meses.

- Isso pode ser que aconteça mais à frente com outros funcionários. Vai ser estudado ainda. Depende também de como vai andar a situação daqui pra frente, como a gente vai controlar tudo (em relação ao coronavírus). O importante agora é dar segurança aos atletas e aos sócios. É possível que a gente use sim - explicou.

- Nossas receitas diminuíram. o critério da demissão é interno. O Botafogo teve que se ajustar a uma nova estrutura das receitas. Não sabemos por quanto tempo isso vai perdurar. Não adianta ter muitos funcionários sem conseguir pagar a todos - resumiu Novis.

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