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Botafogo foca reconstrução na base e em melhorias para o setor: ‘É mais rentável desenvolver do que comprar’

Ao LANCE!, CEO Jorge Braga explica que um dos principais focos da gestão tem sido fortalecer categorias inferiores do Botafogo, buscando soluções financeiras e para o time

Botafogo - Sub-20
imagem cameraTime sub-20 do Botafogo (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 21/09/2021
17:56
Atualizado em 22/09/2021
05:00

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A base é a base. Em crise financeira e com uma dívida que chega perto de R$ 1 bilhão, o Botafogo tem pouquíssimas chances de se arriscar em busca da reconstrução fora de campo. Um dos focos da atual gestão tem sido a evolução e valorização das categorias de base.

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Isso vem desde cedo: Eduardo Freeland, diretor de futebol do clube anunciado no começo da gestão Durcesio Mello no início do ano, vive a primeira experiência em nível profissional nesta função. Antes, havia sido coordenador geral da base no Flamengo. As categorias inferiores, do ponto de vista financeiro e para fortalecer o time dentro de campo, têm sido a prioridade na lista da diretoria do Botafogo.

– Não tem nenhum grande clube no mundo sem uma estratégia robusta de criar os talentos em casa. Até do ponto de vista de negócio é muito mais rentável desenvolver talentos do que comprar. Não foi à toa que a gestão escolheu um diretor de futebol oriundo de base. É formar ativos no aspecto de vista financeiro em um contexto de queda dos direitos de transmissão, a Globo não assina os mesmos cheques de antes, os patrocínios, que demandam muita pressão, também estão mudando. A maior receita que sobra são os direitos econômicos. Criar valor na base é uma arte, seja para usar no time profissional quanto para exportar para outros mercados - explicou o CEO do Alvinegro, Jorge Braga, em entrevista exclusiva ao LANCE!.

O ano tem sido marcado por mudanças para as categorias de base do clube: em março, o Botafogo anunciou uma parceria com o CEFAT para utilizar a estrutura do clube, localizado em Niterói, como um CT para os times inferiores. Antes, os atletas treinavam em Caio Martins, com uma estrutura pior se comparada com a do novo local.

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Mais recentemente, uma mudança ainda mais impactante. O time sub-20, última categoria antes do profissional, ganhou um núcleo estrutural dentro do Estádio Nilton Santos. Além disto, os jovens também farão treinos pontuais no Espaço Lonier, futuro CT do Botafogo localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro, que já conta com três gramados finalizados.

Isso acontece porque o CEFAT, que terá a parceria inalterada, recebe treinos e jogos das categorias sub-15, sub-17 e sub-20. Pela intensidade de eventos nos campos do local - e o possível desgaste nos gramados -, o Alvinegro resolveu "abraçar" o Espaço Lonier para o time sub-20 em ocasiões pontuais.

– Existem rotas muito bem definidas. Por exemplo, um lateral, jovem e canhoto, a Europa vai comprar todos. Um meia ou atacante, alto, baixo percentual de gordura, 26 anos e ágil tem mercado na Ásia. O Botafogo é um celeiro de talentos, a gente faz isso bem mas pode fazer muito melhor. No Brasil, as receitas de vendas de jogadores passam de 35% dos totais nos clubes. Esse é o número que nós temos que perseguir, por isso temos que fazer o nosso trabalho de casa. É uma decisão estratégica investir na base - completou Jorge.

Na temporada 2021, 18 jogadores criados ou com alguma passagem pelas categorias de base do Botafogo participaram de pelo menos um jogo da equipe principal, o que acaba representando 39% da parcela total de atletas que entraram em campo pelo Alvinegro no período.

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O time sub-20 faz sólida temporada em 2021. A equipe comandada por Ricardo Resende, que chegou a treinar o time profissional de forma interina na Série B, foi vice-campeã da Copa do Brasil, eliminada nas semifinais do Carioca e está na zona de classificação para a próxima fase do Brasileirão da categoria.

Botafogo x Athletico - Sub-20 - Matheus Nascimento
Matheus Nascimento é uma das promessas do Botafogo (Foto: Divulgação/Botafogo)

– Assim que cheguei dizia que o Botafogo era algo que valia 100 e estava sendo vendido a 10. Quando você quer dinheiro compra um ativo de alto valor que está com um valor sofrido. O clube estava sofrendo disso. Marca conhecida mundialmente, tem apaixonados não apenas na própria torcida, um time que está no imaginário brasileiro, uma história gigantesca, reconhecimento de marca brutal e tem uma série de ativos.. Seis sedes, estádios, plantel de jogadores, está localizado no Rio de Janeiro. O Botafogo é um produto muito relevante, mas não estava sendo tratado assim - analisou Jorge Braga.

– Estávamos muito aquém do deveríamos nas redes sociais, mas já batemos um recorde no Twitter, temos visto um entrosamento muito maior da torcida. O Botafogo começa a voltar para o lugar que deveria. Ainda está longe do valor ideal, mas o movimento de queda já inverteu. O mercado começa a perceber e "ter crédito na praça" vende credibilidade, não dinheiro. Como o Botafogo dá um choque de credibilidade, naturalmente o nosso valor vai se transformar. Eu acho o Botafogo o melhor ativo do mercado brasileiro disparado, vai dar muita alegria - confiou o CEO.

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