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Idade baixa e economia: Botafogo aposta em novo plano de contratação

Com exceção de Guilherme Santos, todos os jogadores contratados ou procurados pelo Alvinegro até agora possuem um perfil de serem jovens; corte de salários é prioridade

Valentim
imagem cameraAlberto Valentim é o treinador do Botafogo (Foto: Vitor Silva/Botafogo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 21/12/2019
17:15
Atualizado em 22/12/2019
06:30

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O Botafogo é um dos times mais ativos da janela até aqui. Apesar de viver a expectativa para se tornar um clube-empresa, a diretoria do clube sabe que a mudança de gestão do futebol deve acontecer apenas em três a cinco meses e, por isto, já começa a planejar 2020 de acordo com a atual realidade. Diferente do que foi visto nas últimas temporadas, a cúpula alvinegra mudou o estilo de contratações.

Saíram jogadores experientes e entraram atletas mais jovens. A idade é algo que o comitê de futebol, responsável por gerir as contratações ao lado de Valdir Espinosa, novo gerente de futebol, está colocando como prioridade. A maior parte dos jogadores que o Alvinegro vai buscar terá menos de 25 anos. Esta é uma das maiores mudanças na forma como o Glorioso vem tratando os negócios para 2020.

Com exceção de Guilherme Santos, de 31 anos, todos os jogadores contratados até aqui entram neste perfil: Pedro Raúl (23) e Ruan Renato (25). O atacante Felipe Vizeu, um dos maiores desejos da diretoria, que já enviou uma proposta à Udinese, clube que detém os direitos federativos do jogador, possui 22. Há, portanto, uma linha de raciocínio similar nos negócios.

Antes, a entrada de jogadores mais experientes era mais comum do que a contratação de atletas com menos de 30 anos no Botafogo. A experiência, vista outrora como prioridade pela diretoria, ficou, por ora, em segundo plano na cabeça do comitê do futebol. E a tendência é que permaneça assim pela maior parte do tempo na atual janela.

Outro ponto recorrente é a parte financeira. Com dificuldades no fluxo de caixa e sem nenhuma competição internacional em 2020, o Botafogo passará por mudanças radicais neste quesito em 2020. A folha salarial, que tinha custo de cerca de R$ 3 milhões por mês, diminuirá praticamente três vezes. Salários menores e negociações com melhores custo-benefícios terão que ser buscadas.

Até aqui, o Botafogo não teve custo com nenhuma das contratações feitas. Com empréstimos de duração até dezembro de 2020, o Alvinegro arcará com apenas pelo pagamento dos salários dos atletas. No caso de Pedro Raúl, vindo junto ao Vitória de Guimarães-POR, ainda existe uma cláusula que poderá estender seu vínculo por dois anos, de forma definitiva. 

Mesmo que o Alvinegro faça vínculos curtos com os atletas, não gastar dinheiro é a prioridade do comitê de futebol. Em 2021, a chance do clube ser gerido por um CEO e ter um aporte de R$ 200 milhões, como previsto no documento apresentado pela diretoria na reunião do Conselho Deliberativo, é considerável. Portanto, a cúpula está "preparando" o terreno e querendo montar uma equipe competitiva até o início da S/A.

O Glorioso economizará cerca de R$ 900 mil mensais com os jogadores que serão liberados por fim de contrato. A diretoria ainda tentará sentar com Diego Souza e Cícero, dois dos maiores vencimentos do elenco, que possuem cláusulas de renovações automática, para diminuir a pedida financeira de ambos. Leo Valencia, que ganhava mais de R$ 200 mil por mês, já fez um acordo para ir embora em 2020.

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