Jogo vertical e espaços na defesa: o saldo do Botafogo contra o Flu
Equipe titular do Alvinegro parece estar cada vez mais definido para a estreia do Campeonato Brasileiro, contra o Bahia; diante do Tricolor, equipe mostrou evolução
O relógio está passando e o Campeonato Brasileiro se aproxima. O Botafogo realizou o último teste oficial no sábado passado, no empate em 1 a 1 com o Fluminense, em amistoso realizado no Estádio Nilton Santos. Semana a semana, a equipe comandada por Paulo Autuori mostra evolução em níveis do campo, mas ainda há um caminho para percorrer.
O Alvinegro estreia na competição nacional no próximo domingo, às 11h, contra o Bahia, no próprio Nilton Santos. Até lá, uma semana cheia para realizar os últimos conceitos visando a estreia. Contra o Fluminense, a equipe de Autuori teve nítida evolução nas movimentações sem bola, mas ainda peca para se defender em um pontos do campo.
A ideia de jogo é ter um ataque vertical. Autuori não fica preso a uma única estratégia - contra o Tricolor, criou chances reais a partir de triangulações e toques curtos pelo chão e também aproveitando o jogo direto com Pedro Raul, que tem 1,93m, que disputou bolas no alto com os zagueiros e tentava, de cabeça, resvalar a bola para o avanço dos pontas.
A chave são as movimentações. Praticamente todas as jogadas iniciam com Keisuke Honda ou Caio Alexandre, os responsáveis por controlarem, mesmo mais recuados, o jogo do Botafogo, e vão avançando com toques rápidos. O Alvinegro precisa de poucos passes para chegar ao terço final do campo. Enquanto um jogador tem a bola, outros dois que estão por perto se movimentam para abrir mais espaços.
Botafogo - Utilização do terceiro homem x Fluminense:
— Sergio Santana (@sergiostn_) August 2, 2020
Jogada começa na direita, mas o foco é atrair o Tricolor para a esquerda. Quando o número de marcadores se aglomera em um setor, a bola é invertida rapidamente para o outro lado. Rhuan cai no mano a mano com o goleiro. pic.twitter.com/291pccnudo
Bruno Nazário, em momentos da trama ofensiva, se projeta como segundo atacante. Pedro Raul também sai da área com frequência. O objetivo é mover os zagueiros adversários do lugar e deixar o ponta no 'mano a mano' com o lateral, no lado oposto ao que a bola está sendo tocada. A construção é rápida, como na do vídeo acima.
Na defesa, contudo, o Botafogo ainda convive com um "calcanhar de Aquiles". Assim como havia ocorrido no primeiro amistoso contra o Fluminense, há dois sábados, o lado direito ainda tem dificuldade para marcar o corredor inteiro - ou seja, o espaço entre o lateral e o zagueiro do setor.
Individualmente, Barrandeguy e Marcelo Benevenuto tiveram boas atuações. Em conjunto, contudo, ainda não se entenderam nesse quesito. Os dois deixam um espaço considerável entre eles mesmo - o gol de Evanílson, inclusive, foi marcado em arrancada justamente neste buraco. No flanco oposto, a entrada de Victor Luís melhorou a questão defensiva.