Limitação do elenco cobra preço e Botafogo é inofensivo no Pacaembu
Desfalques fazem muita falta, Alvinegro fica sem armas para competir com o Palmeiras e precisa agradecer por derrota magra, que só não foi maior graças a Diego Cavalieri
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A limitação do elenco do Botafogo já havia cobrado seu preço em alguns tropeços ao longo do Campeonato Brasileiro. Mas, neste sábado, sem os titulares Cícero, Diego Souza, Marcinho e Alex Santana - e com as perdas de João Paulo e Gilson ao longo do jogo - o valor foi muito alto. A equipe, ainda sob o comando de Bruno Lazaroni, se viu sem armas para competir com o Palmeiras - segundo elenco mais valioso do Brasil - e acabou derrotado por 1 a 0, no Pacaembu, pela 25ª rodada da competição.
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LINHAS DE MARCAÇÃO
O Botafogo começou o duelo em São Paulo mostrando uma marcação agressiva no campo de ataque e dando esperanças ao torcedor de que, mesmo com todas as limitações, ofereceria uma atuação digna. O time alvinegro, porém, perdeu intensidade muito rápido e recuou. Em entrevista no intervalo, o zagueiro Gabriel lamentou a regressão das linhas do Alvinegro e culpou o cansaço.
O diagnóstico vai de encontro ao espaço que Thiago Santos teve para abrir o placar para o Palmeiras, aos 14 minutos. O jogador alviverde teve uma avenida para avançar antes de invadir a área e bater por cima de Cavalieri - muito pela postura passiva e recuada do meio-campo da equipe carioca.
SAUDADES DE CÍCERO
Entre todos os desfalques que o Glorioso teve neste sábado, Cícero foi o mais sentido. Alan Santos, escolhido para a vaga de primeiro volante, não deu qualidade ou intensidade à saída de bola do alvinegro, e também não ofereceu mais "pegada" na marcação - algo esperado com sua entrada. No lance do gol palmeirense, como indicado acima, o jogador de 28 anos estava extremamente afundado, criando o vácuo por onde Thiago Santos infiltrou.
LIMITAÇÃO DO ELENCO
É preciso franqueza. Sem Cícero, Diego Souza e Marcinho, aliado à ausência previamente conhecida de Alex Santana, fica complicado para o Botafogo duelar com o Palmeiras, que nem jogou tão bem assim. Quando era necessário agilizar a transição, seja com condução de bola, seja com passes verticais, a equipe sentia falta de Cícero. Quando finalmente conseguia articular um avanço, Vinicius Tanque não conseguia segurar a bola. Marcinho, apesar de dividir opiniões, é mais veloz e incisivo do que Valencia. Assim, o rival paulista nem precisou fazer força para triunfar.
SORTE NÃO AJUDA O BOTAFOGO
Ao todo, eram sete desfalques. Benevenuto e Pimpão completaram o time de ausências. Até o segundo, que está longe de ser uma unanimidade no Botafogo, fez falta para Lazaroni. O treinador ficou de mãos atadas para oxigenar o time após o intervalo. Tudo ainda piorou quando, antes dos 12 minutos da etapa final, a equipe General Severiano já havia perdido Gilson e João Paulo. A partir das duas primeiras substituições, o Alvinegro foi ainda mais frágil, inofensivo, e só não deixou o Pacaembu com uma derrota pior devido a um certo camisa 12.
CAVALIERI EVITA O PIOR
Se há uma boa notícia no ano botafoguense, esta é Diego Cavalieri. O goleiro, que chegou de graça ao Botafogo em janeiro deste ano, fez, provavelmente, seu melhor jogo com a camisa preto e branca. Foram seis defesas, das quais cinco foram de dentro da grande área do Alvinegro, com alto grau de dificuldade. Uma atuação de encher os olhos que, certamente, evitou uma derrota bem mais elástica do Fogão em São Paulo.
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