Luís Castro afirma que Botafogo vai ter ‘férias’ na Data Fifa: ‘Descansar a mente e o corpo’
Jogadores vão ter dever de casa para regressarem frescos após o período sem jogos; técnico vai viajar até Portugal
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Espírito e mentalidade vencedora. Este é o legado da filosofia que o técnico Luís Castro quer deixar no Botafogo. Com a vitória sobre o Fortaleza, por 2 a 0, o Alvinegro vai para a pausa da Data Fifa na liderança do Brasileirão.
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No entanto, o trabalho continuará sendo feito com muito empenho. Luís Castro revelou que vai dar quatro dias de "férias" aos jogadores. Inclusive, o técnico vai viajar para Portugal, seu país natal.
- Vamos ter um tempo de férias, durante quatro dias. Porque andamos muito tempo sem descansar. E vamos descansar a mente e o corpo em termos físicos. Eles levam para casa o trabalho a ser feito, para regressarem frescos até lá - revelou Luís Castro. E completou:
- Não atrapalha nada. Eu vou para Portugal. Já não vou há alguns meses. Outros também vão descansar nos seus países. É bom para todos porque andamos mal. Passamos noites em aviões. Tivemos que jantar às três da manhã em algumas situações, depois de jogo que acaba às 11h da noite.
Luís Castro também exaltou a retomada do poderio ofensivo do Botafogo. Ao todo, o Alvinegro finalizou 21 vezes contra nove do Fortaleza.
- Tínhamos como objetivo sempre terminarmos as jogadas em finalização. Era um objetivo nosso porque ficamos alguns períodos sem conseguir isso quando tínhamos a bola e a perdíamos até o momento de finalizarmos. Hoje (sábado), a equipe se manteve sempre equilibrada defensivamente, nunca abriu espaços. Mantendo-se sempre muito compacta - elogiou o técnico.
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MUDANÇA TÁTICA
- Tivemos um problema em determinado momento em que o Fortaleza começou a criar situações perigosas no início do segundo tempo. Tivemos que mudar o 1-2 do meio de campo para 2-1, o Tchê Tchê baixou para o lado do Marlon Freitas. O Carlos Eduardo passou a posição mais baixa, embora percorresse como um 10 no momento ofensivo. Tivemos que flutuar para dentro nossos pontas para quando o Fortaleza tivesse que rodar o jogo, termos mais unidade de proteção para pressionar a bola. Então tivemos que realinhar algumas coisas porque eles nos criaram muitas dificuldades até voltarmos ao jogo. Voltamos a ter consistência, voltamos a ter o domínio e o jogo foi correndo de forma controlada.
PAUSA PARA DATA FIFA
- Lembro do que eu disse no ano passado e está registrado. Eu disse que a minha forma de treinar é jogar. Quanto mais jogos, melhor. Temos que ter elencos que façam esses números de jogos. E esse número de jogos, quanto mais denso é mais número de jogadores temos que ter no elenco. Mas a melhor forma de treinar é jogar e ter o grupo todo motivado com essa intensidade de jogos.
VANTAGEM NA LIDERANÇA
- Temos que ser muito pragmáticos na análise. Está tudo muito no começo. Não consigo fazer balanço do campeonato de forma tão precoce. Sei que tenho uma equipe que quer muito ganhar e isso é o que mais me interessa.
MÚSICA DA TORCIDA
- ("Caiu no tapetinho, já era") Já ouvi sim, é bonita a música. Espero que se cumpra mais vezes. Porque vai chegar a hora que não vai cumprir. Temos que estar todos preparados para esse momento também.
OFENSAS PESSOAIS
- Liberdade de expressão não é liberdade de má educação. Podem me dizer o que quiser, podem cantar poemas à volta do tema, mantenho a posição. Entendo a torcida, entendo tudo, só não entendo a má educação. Houve um jogo que não consegui trabalhar, porque atrás de mim estavam as pessoas a um metro de mim que não me deixavam trabalhar. Uma coisa é um estádio em coro a criticar, OK, é um ambiente de estádio. Outra coisa é ofensa pessoal. Ofensa pessoal é algo que nunca vou aceitar. Não posso tolerar que pessoas com filhos de 4 anos às costas façam gestos obscenos e os filhos repetem o que o pai está a fazer. Quando regamos os problemas com sangue, o que vai acontecer? Vai continuar sendo assim. São pessoas de 6, 7, 8 anos a insultar dentro do estádio. É isso que o Brasil quer? OK, continuem. Sobre as perguntas da mídia, algumas estavam postas com determinados problemas. Mas sobrevivi com os meus jogadores, com a minha administração, com a minha torcida.
- Houve temas realmente muito sensíveis. Em determinados momentos foi muito violento. Me trataram como pessoa que tinha chegado este ano no futebol. Que não tinha Champions em cima, que não chegado em semifinal de Liga Europa, que não tinha sido campeão em lado nenhum. Me trataram como anormal no futebol, uma pessoa deficiente, um treinador deficiente.
LEGADO DO CASTRISMO
- Aquilo que mais quero quando partir do Botafogo é deixar espírito vencedor, essa mentalidade vencedora, a mentalidade que ninguém está acomodado com qualquer resultado que seja, da expressão que ele tenha. Com o lema que temos sempre: jogamos com qualquer equipe e em qualquer estádio do mundo sempre para ganhar.
Com o recesso, o Botafogo só volta a entrar em campo no dia 22. O adversário será o Cuiabá pela 11ª rodada do Brasileirão. O jogo será às 20h, na Arena Pantanal.
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