Luís Castro destaca qualidade e dedicação do Botafogo na vitória sobre o RB Bragantino
Treinador reconhece que Glorioso desperdiçou a chance de ampliar vantagem na etapa inicial, fala de 'forte ligação' da torcida com a equipe e projeta vaga na Libertadores
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O técnico Luís Castro valorizou a maneira como o Botafogo se desdobrou para garantir a vitória por 2 a 1 sobre o RB Bragantino, nesta quarta-feira (26). Em entrevista coletiva, o comandante falou em superação após momentos oscilantes do Alvinegro na etapa final.
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- O que mais quero enaltecer é a forma como os jogadores se entregaram ao trabalho . Foi de tal forma a entrega que teríamos o jogo resolvido no primeiro tempo. Não tivemos, e o resultado curto sempre provoca ao adversário um sentimento de que podem conseguir. E arriscaram, depois tivemos que reequilibrar a equipe. Quando iríamos fazer o reequilíbrio do time, sofremos o empate. Reequilibramos e depois conseguimos a vitória devido à qualidade que os jogadores colocaram em campo – declarou.
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Castro também exaltou a forte ligação desta equipe com a torcida do Alvinegro e rechaçou que a vitória no Nilton Santos tenha soado como "pazes" com o estádio.
- As pazes de que fala estão sempre feitas de forma natural, porque quer a torcida, jogadores, eu, administração, porque todos pertencemos à mesma família, à família Botafogo. A paz existe sempre. A emoção provoca sentimentos, muitas vezes há desilusão, mas essa desilusão muitas vezes acontece quando perdemos e é transversal na família Botafogo. Hoje, todos sentimos a mesma felicidade. E quando perdemos, todos sentimos essa tristeza interior - disse.
O português falou sobre o equilíbrio do Campeonato Brasileiro e reforçou a confiança no elenco.
- Desde o início disse que considerava o Brasileirão um dos campeonatos mais fortes do mundo. Antes do jogo do Goiás, tinha um “Ai, meu Deus, vamos chegar à Série B”, e depois do jogo tinha um “Temos chances de chegar na Libertadores”. Portanto, três pontos mudaram a cabeça de algumas pessoas. Eu me mantive equilibrado, não entro em depressão ou em euforias, olho sempre com realismo para o futebol. Confio muito no trabalho dos jogadores, na proposta do treino, quando vamos ao jogo, e é esse equilíbrio que nos faz estar descansados em relação a uma possível queda para a Série B e em relação a disputar uma competição internacional - e ressaltou:
- Como eu disse, sempre olhamos para cima, e o que vemos é uma Libertadores, uma pré-Libertadores perto, é isso que nos move todos os dias, ganhar, ganhar e ganhar… Sabemos que essa cultura de vitória demora um tempo a ser instalada, mas é o que eu gostaria de ver na família Botafogo - completou.
O técnico não negou que estava satisfeito por um fator especial.
- Se eu não tivesse vencido, eu sabia o que aconteceria aqui nessa sala. Vocês estariam me perguntando por que tirou o Victor e colocou o Patrick. E agora estão dizendo: “Ainda bem que entrou o Patrick”. O Patrick não equilibrou só o time, libertou o Gabriel Pires e o Tchê Tchê mais para frente. É daí que vem minha felicidade também, porque desta vez as coisas deram certo. E às vezes batem tão mal, p… (risos) Estava na hora de bater certo - disse de maneira irreverente.
Em seguida, o treinador exaltou a paixão dos botafoguenses e a força do time.
– Há uma coisa que nos liga muito, que é a forma como a torcida sempre se liga à equipe, e a forma como a equipe sempre se liga ao trabalho. Nossa equipe, mesmo perdendo, não há nenhum jogo que podem falar que não nos dedicamos, não nos entregamos. O trabalho honesto, o trabalho digno, nunca provoca guerras. Para se falar de paz, tem que se falar de guerra. E não houve guerra, houve sentimentos de tristeza que saem do torcedor, e acontece comigo também. Uma carreira só tem sentido com vitórias, as derrotas ferrem a carreira de morte – declarou.
O Botafogo volta a campo na terça-feira (1), às 19h, para encarar o Cuiabá no Nilton Santos.
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