Luís Castro opta pela rodagem do elenco, e Botafogo tem dois tempos distintos na vitória sobre o Madureira

O Botafogo entrou em campo pela terceira vez na temporada e surpreendeu ao ter mais uma escalação totalmente diferente dos dois primeiros jogos. Desta vez, Luís Castro optou por rodar o plantel e colocar em campo os reservas que tinha à disposição no momento. Diante disso, a equipe oscilou na partida e não teve uma grande atuação, sobretudo no primeiro tempo, porém se mostrou eficiente na etapa final e ficou com os três pontos contra o Madureira.

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A falta de entrosamento e ritmo de jogo pesou nos primeiros quarenta e cinco minutos, e o Glorioso pecou no último passe e nas tomadas de decisão. De acordo com dados do portal 'Footstats', o time errou 20 passes no primeiro tempo, a maioria deles na construção das jogadas de forma precipitada. Esses vacilos geraram críticas por parte da torcida, que não gostou da atuação neste primeiro momento.

A principal válvula de escape da equipe era com Luís Henrique, que teve espaço para produzir pelo lado esquerdo e até incomodar a defesa adversária. Faltou mais eficiência e um melhor posicionamento da peças do meio de campo. Com jogadores muito espaçados neste setor, ficou mais difícil concretizar o volume de jogo em gols, apesar da fragilidade do Tricolor Suburbano.

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Luís Castro ressaltou que a equipe ainda está em regime de pré-temporada e precisa de tempo para evoluir. Segundo o português, o time de General Severiano está disputando uma competição em meio à preparação para o ano que não está completa. Para ele, o plantel necessita de cinco a seis semanas para se fortalecer e o objetivo do jogo desta quinta foi cumprido.

- Vocês sabem que estamos a fazer esse jogos oficiais a regime de pré-temporada, que dura cinco a seis semanas. Essa pra temporada tem objetivo de dar rodagem a todos os jogadores do elenco e todos jogaram. Os objetivos foram cumpridos, foi dado tempo de jogo a mais jogadores, o grupo segue trabalhando forte, não olhamos apenas para jogos, que é o que geralmente fazemos, olhamos para o que a equipe necessita para a temporada. Objetivo cumprido, fundamentalmente - disse.

Na volta do intervalo, Castro não realizou qualquer substituição, mas fez alterações no posicionamento de determinados setores. Vale lembrar que é um grupo que jamais atuou junto, visto que alguns chegaram no segundo semestre de 2022 e foram reservas. Fora que Marlon Freitas, Segovia e Carlos Alberto, que são os reforços desta temporada, até aqui. Os dois primeiros foram titulares, enquanto o atacante entrou no segundo tempo e incomodou com muita velocidade. O equatoriano fez sua estreia e com muita dedicação mostrou qualidade para brigar por uma posição entre os titulares. 

- Não foi a consequência, porque no segundo tempo entraram os mesmos jogadores. Propositalmente. Queríamos ver a produção deles e obter uma resposta. Tivemos problemas posicionais, fundamentalmente no meio-campo, na primeira etapa. Os meias estavam com pouca ideia de espaço, retificamos isso. Nosso seis estava sem muita posição, queimava espaços do nosso oito. Isso estava criando muitos problemas. Não tínhamos ponto de apoio para rotação. Foi retificado, começamos a jogar em diferentes linhas. Apareceu uma profundidade de campo. A linha defensiva também foi um pouco modificada. Essas mudanças foram decisivas para mudar o jogo - afirmou.

Criticado no primeiro tempo, Gabriel Pires deu a volta por cima e participou ativamente da produção ofensiva. No primeiro gol, se antecipou à marcação e aproveitou a cobrança de falta de Lucas Piazon para, de cabeça, estufar a rede. No fim, teve tempo para com boa visão de jogo deixar Gustavo Sauer em condições de finalizar e consolidar a vitória.

Para explicar a rodagem do elenco, Luís Castro frisou que o objetivo do Botafogo é conquistar título e garantir uma vaga na Libertadores. Com a oportunidade de dar sequência ao trabalho do ano passado e iniciar a temporada desde o início, o português voltou a exaltar seu elenco. Segundo o português, todos terão chance e são fundamentais, assim como o trabalho será através da meritocracia.

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No domingo, o primeiro grande desafio da temporada. O clássico contra o Fluminense, às 18h, no Maracanã, diante de uma equipe que ficou entre os três primeiros do último Campeonato Brasileiro. Castro frisou que haverá uma mudança de planejamento e levará a campo a equipe principal diante de um rival.