A estreia de Honda não foi da maneira sonhada pelos torcedores do Botafogo. Apesar do gol de pênalti do japonês, que abriu o placar em um Nilton Santos com os portões fechados para o público, o Botafogo pecou pela falta de organização e acabou por ceder o empate ao Bangu. O time comandado por Paulo Autuori oscilou dentro de campo e não soube aproveitar a vantagem no placar para matar o jogo, que terminou em 1 a 1.
Os primeiros minutos foram mornos. Os dois times arriscavam pouco e o jogo do Alvinegro não fluía, em especial no meio campo. Honda teve um início tímido, algo natural depois de tanto tempo sem disputar uma partida oficial. O camisa 4, no entanto, conseguiu dar alguns passes de categoria para os companheiros na primeira etapa.
Nos momentos em que o japonês conseguiu encaixar o seu melhor futebol, o Botafogo criou oportunidades de gol. O gol do Glorioso acabou surgindo em um erro na saída de bola do time da Zona Oeste. Rafael Navarro invadiu a área,
driblou o goleiro Matheus Inácio e foi derrubado bem próximo ao árbitro. Honda cobrou bem o pênalti e deixou o time em vantagem.
Depois do gol, o Botafogo se soltou mais em campo, mas não soube aproveitar o bom momento para ampliar a vantagem. O time não tinha a melhor atuação mas jogava o suficiente para ir para o vestiário em vantagem parcial contra um rival tecnicamente mais frágil.
Paulo Autuori optou por escalar Honda como meia centralizado, jogando um pouco mais pela direita, atrás dos atacantes Luis Henrique, Bruno Nazário e Rafael Navarro. Caio Alexandre e Alex Santana faziam a marcação no meio-campo.
A saída do japonês para a entrada de Luiz Fernando, aos 17 do segundo tempo, tinha como objetivo aumentar o poder ofensivo da equipe, depois que o Bangu conseguiu o empate. A mudança, no entanto, deixou o Botafogo sem poder de criação. Luiz Fernando se juntou ao trio de atacantes e o meio ficou apenas com os meias defensivos.
O Botafogo não conseguiu se organizar, na maior parte do tempo. Levou perigo em um gol anulado de Navarro, uma bola de Luis Henrique e um chute de Alex Santana, que parou na trave. Muito pouco para uma equipe com a qualidade técnica muito superior ao rival.
O próximo desafio da equipe está marcado para sábado, contra a Cabofriense, novamente no Nilton Santos, mas o clube aguarda orientações da Federação de Futebol do Rio de Janeiro sobre uma possível paralisação do campeonato, como medida preventiva contra a disseminação do coronavírus.