Titulares com moral, Carli em baixa e Yago na área: o panorama da zaga
Botafogo tem repetido a escalação desde a estreia de Alberto Valentim, que herdou a dupla Marcelo e Rabello, que tem sombras pesadas no elenco. A escolha tem sido justa?
Desde o início da Taça Rio, Alberto Valentim mudou peças em quase todos os setores. Apenas na zaga não houve alterações. O técnico herdou a dupla Marcelo Benevenuto e Igor Rabello de Felipe Conceição e a manteve desde a sua estreia, contra o Nova Iguaçu, no último dia 22, pela 1ª rodada do returno.
Os dois têm mantido a regularidade, mas ainda sofrendo com o quesito jogo aéreo, que, inclusive, tem sido uma das maiores reclamações da torcida. A arquibancada, aliás, constantemente pede o retorno de Carli ao time titular.
Aos 31 anos, o argentino sequer foi relacionado à última partida, contra o Bangu, e viu Yago, recém-contratado (emprestado junto ao Corinthians até o fim do ano), ser opção no banco. E, em situação atípica na carreira, Carli tem propostas para deixar o clube, mas não deve sair, ao menos por ora.
- O Carli é importantíssimo para a gente, no futebol, liderança positiva, um cara espetacular, que eu estou tendo o prazer de conhecer agora - comentou Valentim, recentemente, explicando uma conversa ao pé do ouvido que teve com o gringo na última semana, após uma atividade no Niltão:
- A conversa que eu tive com ele, em particular, nada tem a ver com a chegada do Yago ou de posicionamento.
Yago foi apresentado na segunda-feira. Seguro na coletiva, esbanjou confiança para mostrar serviço neste período de empréstimo. A princípio, o antigo defensor da Ponte Preta chega para brigar com Igor Rabello, mas terá que suar para estar entre os 11 até o Campeonato Brasileiro.
Marcelo e Rabello se justificam pelo fator velocidade, uma vez que Valentim tem como filosofia armar a defesa mais alta e ativa na saída de bola - confira o posicionamento de Igor e Marcelo contra o Nova Iguaçu, abaixo, por exemplo.
Se Carli e Yago, principalmente, ganharão mais espaço nos próximos jogos, não dá para afirmar. A tendência é que Valentim, adepto a repetições na equipe titular, mantenha a atual dupla, ainda mais que só terá a Taça Rio e a Copa Sul-Americana - esta só em meados de abril - para fazer o Glorioso engrenar em 2018. A concorrência, no entanto, é boa. A aguardar os próximos embates.