Contra as críticas sobre possível desconhecimento do futebol brasileiro após 14 anos trabalhando no exterior, Marcos Paquetá foi enfático: para ele, por seguir acompanhando o país natal, não será necessário haver readaptação. Mais do que isso, entende que o grupo do Botafogo, que comanda desde a última quarta-feira, tem personalidade que se casa com o que entende também ter.
- Minha vontade sempre foi voltar ao Brasil. Acompanho o futebol brasileiro, não tem como não acompanhar. Temos dados de todos os atletas do mundo todo. Tem que ir no banco de dados quando preciso. E o elenco do Botafogo é muito tático, disciplinado taticamente e me chamou atenção o esforço deles. Todo mundo tem pontos fortes e fracos. Eles (jogadores) procuram se fixar nos pontos fortes - exalta o novo comandante.
Paquetá substitui Alberto Valentim, que deixou o Alvinegro para assumir um time do Egito. Herança do trabalho anterior e, talvez, dos treinadores anteriores, a competitividade dos atletas também foi exaltada. E Paquetá afirma que promoverá a necessidade de metas para cada um.
- O grupo joga como time, não se entrega nunca. Vai muito de encontro com o que eu gosto. Sem vaidade, sempre buscando o objetivo. Vamos tratar com os jogadores as metas coletivas e individuais. Jogador também tem que ter meta. Vamos cobrar metas táticas e técnicas. Roubar mais bolas, finalizar mais. Isso vai fazer com que os atletas se motivem ainda mais - entende.
O novo treinador alvinegro pode não ter tempo quando o calendário se afunilar. Porém, como o primeiro compromisso é só na metade do mês que vem, contra o Corinthians, pelo Campeonato Brasileiro, tempo ele tem para se entrosar ainda mais com os atletas. Até lá, na maioria dos dias o Glorioso terá treinos em tempo integral.