Houve um tempo, não muito distante, ainda este ano, que o Botafogo tinha a defesa forte e a fragilidade ofensiva era o único ponto criticado da equipe. Isso dentro de uma equipe que já tinha as restrições técnicas individuais bem conhecidas. Os meses foram passando e, agora, o Glorioso é diferente, mas não necessariamente melhor. O ataque funciona, mas é irregular. Mais inconstante mesmo só a defesa.
- Por isso falei que foi um jogo estranho. O time, às vezes, perde o norte. Mas futebol é assim. Ainda bem que é assim. Não controlamos o segundo tempo. Tivemos falhas individuais e tivemos dois gols de desvantagem. A personalidade do time ficou marcante. Estávamos recebendo pela primeira vez a nossa torcida e esse jogo me deu novas ideias para o futuro em relação à personalidade - afirmou o técnico Ricardo Gomes.
Estas ideias, então, precisam ser postas em prática logo. Contra o Flamengo, no último sábado, a defesa bateu cabeça de forma grave nos três gols sofridos. Três bobeadas. Menos mal que o ataque recuperou o prejuízo, e com jogadores que saíram do banco de reservas (Neilton e Salgueiro). Para o treinador, porém, as falhas de Renan Fonseca, Emerson, Bruno Silva e companhia prejudicaram, mas não interferiram tanto no desempenho do time.
- O equilíbrio é importante, mas não foi o caso. O mais estranho não foi o desequilíbrio. De todo modo, as falhas individuais penalizaram o Botafogo - analisa o treinador.
Seja dando fim aos tais “fenômenos estranhos”, seja retomando o equilíbrio perdido. É preciso agir para que o Glorioso deixe de assustar seu torcedor. Mesmo sem vencer, a rodada ajudou. De novo. O time não volta ao Z4 ao fim desta rodada. Como não será sempre assim, para vencer e subir, é preciso melhorar. E logo.