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Presença de Honda no Botafogo mobiliza comunidade japonesa no Rio

Em entrevista ao LANCE!, Cônsul-Geral Adjunto do Japão na capital fluminense falou sobre os efeitos da chegada do astro internacional sobre os compatriotas residentes no Brasil 

Honda
imagem cameraVítor Silva/Botafogo
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 27/04/2020
16:00
Atualizado em 29/04/2020
08:00

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A chegada de Keisuke Honda ao Botafogo, no início de fevereiro, com direito a festa no aeroporto e na apresentação no Estádio Nilton Santos deixou milhares de botafoguenses eufóricos Brasil afora. Além dos torcedores alvinegros, um outro grupo também sentiu o impacto de ter um astro internacional do esporte por perto, a comunidade de japoneses residentes no Rio de Janeiro. O LANCE! conversou com o Cônsul-Geral Adjunto do Japão na capital fluminense, Hiroshi Teramichi, para saber o que pensam os compatriotas do novo ídolo do Glorioso. Antes da paralisação do futebol pela pandemia do COVID-19, a mobilização era grande.

–  Ainda não podemos saber com precisão qual será o impacto da chegada do Honda sobre a comunidade japonesa, mas posso contar sobre a minha família, o que acredito que seja um exemplo. Tenho uma esposa e dois filhos, uma menina de nove anos e um menino de sete. Minha esposa não tem time, o mais velho torce para o Athletico-PR e o mais novo é flamenguista. Fomos juntos na apresentação no Nilton Santos. Vimos que a loja já tinha as camisetas dele e compramos quatro. Eu e minha esposa já viramos Botafogo. Tenho certeza que todos os japoneses estão torcendo por ele, independente do clube que torçam – contou Teramichi.

Com a experiência de quem acompanha de perto os desafios de um japonês recém-chegado ao Brasil, o Cônsul-Geral Adjunto aposta em uma rápida adaptação do craque à Cidade Maravilhosa e ao país. 

– A adaptação de um japonês ao Rio de Janeiro não é muito difícil porque os brasileiros, em geral, são muito simpáticos e receptivos com os estrangeiros. Quanto ao idioma, ele me disse que aprendeu algumas palavras com colegas brasileiros, então acho que não terá tantas dificuldades em se comunicar – explicou. 

Nos passos de Zico

Antes da pandemia forçar a instauração de medidas de isolamento social, o Consulado do Japão no Rio acompanhou de perto os primeiros passos de Honda no Brasil. O corpo diplomático japonês pretende aproveitar o momento para estreitar ainda mais os laços entre os dois países.

– Vejo muito a imprensa japonesa divulgando tudo sobre o Honda no Japão. Lá ele é muito conhecido e muito querido. Certamente a presença do Horda aproxima Japão e Brasil, como já fez o Zico. Sem a ajuda dos jogadores brasileiros, o futebol japonês nunca chegaria ao ponto que chegou hoje. É certo que gostaríamos de retribuir para o futebol brasileiro na medida do possível. Antigamente os japoneses preferiam o beisebol, hoje o futebol é mais popular. Tudo graças ao Zico e aos jogadores brasileiros – afirmou o diplomata.

Hiroshi Teramichi também acredita que no retorno do futebol com público, o entusiasmo com Honda vai se espalhar entre os japoneses em todas as regiões do Brasil.

– Dei as boas vindas ao Sr. Honda assim que ele desceu do avião. Ele não tinha ideia do número de pessoas que o aguardavam no aeroporto. Temos muitas comunidades japonesas espalhadas pelo Brasil, como em São Paulo e Curitiba. Acredito que essas pessoas vão se mobilizar para ver o Honda quando ele começar a jogar por outros estados brasileiros e o entusiasmo dos japoneses vai aumentar ainda mais. Com certeza, vai sempre ser possível ver japoneses nos jogos do Botafogo – finalizou Teramichi

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