Quando saiu do Nilton Santos em 2 de setembro, em sua única partida no estádio no mês, o Botafogo acabara de conhecer sua primeira derrota como mandante no Brasileirão, e justamente para o maior rival, o Flamengo. A distância para o vice-líder Palmeiras era de dez pontos e uma Data Fifa podia contornar qualquer indício de crise. Passados dois jogos longe de seus domínios, os botafoguenses voltam com sinal de alerta ligado devido às derrotas para Corinthians e Atlético-MG.
A poucos dias de encarar o Goiás, o Glorioso aposta na união com a torcida. Com direito à mensagem de John Textor, o clube divulgou que fará um treino aberto à torcida no Niltão na manhã de sábado (30). Após os maus resultados, o técnico Bruno Lage luta para trazer variações ideais após um returno no qual, em cinco jogos, somou uma vitória, um empate e amargou três derrotas.
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HÁ SAÍDA PELA DIREITA?
O Alvinegro convive com uma queda de rendimento de Di Plácido. O argentino, que havia se destacado no primeiro turno ao apoiar o ataque, vem deixando espaços na defesa e foi decisivo negativamente.
Diante do Atlético-MG, o gol de Paulinho aconteceu por seu lado. Na partida contra o Corinthians, Di Plácido perdeu na corrida e deu margem para Matheus Bidu cruzar, achando Gil livre na área. Ofensivamente, o lateral também vem perdendo fôlego, especialmente pela dificuldade de variações da equipe.
COM QUE MEIO EU VOU?
Com a expulsão de Marçal, o técnico Bruno Lage utilizou Tchê Tchê diante do Corinthians em mais de um setor: além do meio, atuou nas duas laterais. Porém, o camisa 6 não tem cadeira cativa.
No treino de quinta-feira (28), Lage testou Gabriel Pires. O comandante sinalizou diversas vezes que gosta da polivalência de Tchê Tchê, e chegou a acenar com a possibilidade de deslocá-lo para a ponta direita. A desenvoltura de Gabriel Pires também chama a atenção do treinador.
Bruno Lage também não descarta a possibilidade de escalar Tchê Tchê e Gabriel Pires juntos, com uma formação em 4-4-2.
MELHORAR O EMOCIONAL
O Botafogo se queixou de erros de arbitragem nas partidas mais recentes pelo Campeonato Brasileiro, principalmente pela falta de critério nas atitudes da arbitragem. O desafio da equipe passa a ser emocional, de contornar os nervos e conseguir encontrar bons resultados.
RECUPERAR A OUSADIA
Antes da sequência de maus resultados, o Glorioso sinalizava que passava por oscilações quando ia para o ataque. No entanto, a equipe vem penando na criação. A bola chega pouco a Eduardo e os jogadores não vem oferecendo variações capazes de superar os adversários.
Isso recai no aproveitamento de Tiquinho Soares. O camisa 9 ainda não balançou a rede desde que voltou de lesão.
LACUNA NA PONTA-DIREITA
Em 15 de agosto, Gustavo Sauer deixou o Botafogo. Desde então, o Alvinegro não encontrou um desafogo ideal para fazer com que a equipe tivesse saída com naturalidade para atuar pela ponta-direita.
Júnior Santos foi titular na partida contra o Atlético-MG, e, após pouco fazer, foi sacado para a entrada de Luís Henrique. Diante do Corinthians, Luís Henrique começou em campo e, à exceção de lampejos no início, pouco agregou. Júnior Santos entrou e conseguiu uma rara conclusão no finzinho.
Outra opção no setor, Matías Segovia chegou a encher os olhos com seus dribles, mas atualmente está em baixa. No treino de olho na partida com o Goiás, Júnior Santos voltou a ser titular.
Com 51 pontos no Brasileirão, o Botafogo tenta consolidar sua distância segura para o vice-líder Palmeiras.