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Entenda o projeto em curso que pode ‘terceirizar’ o futebol do Botafogo

Os Moreira Salles contrataram a empresa Ernst & Young para avaliar o estado do clube e propor modelos de gestão. Ainda é cedo, mas eles deverão atuar no Glorioso futuramente

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imagem cameraApós temporada irregular, o Botafogo terminou o Brasileirão em nono lugar (Foto: Vítor Silva/SSPress/Botafogo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 07/12/2018
19:57
Atualizado em 08/12/2018
07:00

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No último mês de outubro, o vice-presidente de finanças do Botafogo, Luiz Felipe Novis, revelou ao LANCE! que uma "solução definitiva" estava sendo desenhada para os graves problemas financeiros do clube. Posteriormente, e mais intensamente nesta semana, o Uol e outros veículos mencionaram a intenção dos Irmãos Moreira Salles de contribuírem para a diminuição do rombo no cofre do clube. Os torcedores alvinegros também se empolgaram com a possibilidade de intervenção no departamento de futebol alvinegro. Mas é preciso ter calma. Muita calma.

Há, concretamente, um estudo da empresa Ernst & Young em curso sobre o real e detalhado estado do clube. Tal levantamento foi contratado pelos Moreira Salles e tem previsão de término para o início do ano que vem. A partir de então, o resultado será apresentado e o melhor modelo de trabalho será proposto. Possivelmente, mais de um modelo de gestão será apresentado.

Os Irmãos Moreira Salles já haviam sido decisivos para a compra do Espaço Lonier, que vai abrigar o centro de treinamentos do time profissional e de parte das categorias de base alvinegras. E existe por parte dos Irmãos a concreta intenção de, resumidamente, comprar parte da volumosa dívida do clube em troca de, em termos ainda a serem consolidados, se responsabilizarem por eventuais resultados financeiros positivos do departamento de futebol.

Em oposição às baixas receitas anuais, as dívidas do Glorioso somam R$700 milhões, aproximadamente. Deste montante, ao menos metade é de transferência viável, pelo entendimento do clube. Débitos já equacionados têm condições mais delicadas para serem mexidos.

O que se vislumbra como uma espécie de "terceirização" ou "profissionalização" do futebol botafoguense, talvez separando-se das demais áreas do clube, soa como música para ouvidos da torcida. Contudo, o sonho de ver "mecenas alvinegros" ainda está longe de ser concretizado.

Pelo tamanho da parceria e por se tratar de um projeto que pretende mudar o patamar de investimento do Botafogo, o negócio vai precisar ser discutido pelo Conselho Deliberativo do clube. Possivelmente, o estatuto também precisará ser alterado, visto, por exemplo, que a instituição da Estrela Solitária poderá ter alterações na importância e na efetiva função de cargos, hoje, políticos.

A ideia e a maior preocupação tanto do lado do clube quanto dos Irmãos Moreira Salles é que se promova uma solução. Não um paliativo que injete dinheiro, mas apenas adie os principais problemas de um clube que, atualmente, sofre para manter as contas em dia.

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