Quem escalar? Barroca testou cinco formações diferentes no meio-campo

Desde que assumiu o Botafogo, treinador possui uma clara variação tática de utilizar três homens no meio-campo, mas colocou cinco trios distintos como titular neste período 

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Desde que assumiu o Botafogo e fez sua estreia, no dia 27 de abril, contra o São Paulo, Eduardo Barroca testou cinco formações diferentes no meio-campo titular da equipe. Há uma ideia clara de jogar com três jogadores no setor: um volante mais preso, à frente dos zagueiros, e outros dois mais avançados, se aproximando do setor ofensivo. Os escolhidos para ocuparem tais posições, porém, são uma incógnita na cabeça do treinador.

Em uma equipe que valorize a posse de bola - de acordo com o "Footstats", o Botafogo é a quarta equipe do Brasileirão neste quesito, com 55% em média por partida -, o meio-campo talvez seja o setor mais importante do esquema, justamente por ser o responsável de levar a bola até as zonas perigosas do campo. 

Ao todo, cinco jogadores diferentes já iniciaram partidas em uma das três vagas disponíveis no meio-campo. Os destaques ficam para João Paulo e Cícero, que iniciaram dez dos onze jogos de Eduardo Barroca à frente do comando do Botafogo. Além deles, outros atletas que estiveram no gramado durante o apito inicial de duelos foram Wenderson, Gustavo Bochecha e Alex Santana.

Cícero, inclusive, teve uma evolução no Botafogo justamente sobre o comando de Eduardo Barroca. Inicialmente, o atleta de 34 foi utilizado na "segunda linha" do meio-campo, mas passou a se destacar sendo o primeiro volante, função feita a partir do jogo de volta contra o Sol de América, pela Copa Sul-Americana, no dia 22 de maio. Desde então, o meio-campista não saiu mais do time titular. E sempre como primeiro volante, na base do setor.

Trio formado por Cícero, João Paulo e Alex Santana foi o que mais iniciou jogos sob Eduardo Barroca (Foto: Vitor Silva/Botafogo)

João Paulo, por sua vez, pode ainda não ter encontrado o auge técnico que teve no próprio Botafogo antes da fratura que sofreu na perna, no ano passado, mas exerce importante função tática para Barroca, se destacando na cobertura de espaços e combate aos atletas adversários no setor - ou seja, um trabalho exercido quando o atleta não tem a bola nos pés.

A dúvida do treinador, portanto, se dá entre Alex Santana e Gustavo Bochecha. Os dois iniciaram seis jogos, cada um, sob o comando de Eduardo Barroca: o primeiro é o artilheiro do Botafogo no Campeonato Carioca, com três gols, e uma das principais armas ofensivas, mas não conseguiu engatar sequência no período por conta de lesão; o segundo atua em qualquer posição do meio-campo e é marcado por maior organização do jogo com a bola no pé.

Outros três jogadores participaram de partidas com Eduardo Barroca e ocuparam uma das três posições no meio-campo: Rickson, Jean e Alan Santos. O último, inclusive, foi elogiado pelo treinador em uma entrevista coletiva durante o Campeonato Brasileiro e, recuperado de uma lesão, pode ganhar mais chances na segunda parte da competição.

Confira os esquemas de meio-campo titulares sob Eduardo Barroca:
x São Paulo: Bochecha, Wenderson e João Paulo
x Bahia: Bochecha, Cícero e João Paulo
x Fortaleza: Bochecha, Cícero e João Paulo
x Fluminense: Bochecha, Cícero e Alex Santana
x Goiás: Bochecha, Cícero e João Paulo
x Sol de América: Cícero, João Paulo e Alex Santana
x Palmeiras: Cícero, João Paulo e Alex Santana
x Sol de América: Cícero, João Paulo e Alex Santana
x Vasco: Cícero, João Paulo e Bochecha
x CSA: Cícero, João Paulo e Alex Santana
x Grêmio: Cícero, João Paulo e Alex Santana

O jogador da esquerda é o que ocupou a função de primeiro volante durante aquela partida. O trio que mais iniciou partidas sob o comando de Eduardo Barroca é composto por Cícero, João Paulo e Alex Santana, que começaram cinco dos onze duelos do treinador no Alvinegro.

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