‘Rei das finais’ e inspirado em Jair, Eduardo Barroca sonha com a OPG
Técnico do Botafogo Sub-20 está há menos de dois anos no cargo e quer o quarto título neste sábado. São seis decisões em 12 torneios. Ao L!, ele falou da relação com Ventura
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Este sábado pode ser especial para o técnico Eduardo Barroca. Técnico do Botafogo Sub-20, ele quer conquistar o quarto título com a base do Alvinegro. Se vencer a Portuguesa, no Nilton Santos, às 15h45, o Glorioso será o campeão da Taça Otávio Pinto Guimarães, a OPG, a segunda principal competição estadual da categoria, atrás do Carioca.
Na ida, 1 a 1. Nova igualdade (com ou sem gols) é pênalti. A vantagem de decidir diante da torcida, que entra com 1kg de alimento não perecível, pode ser o que transmita a confiança à Barroca, que no currículo também tem a Taça Guanabara, o Campeonato Carioca e o Brasileiro do ano passado.
- Estou confiante no título. Respeitamos muito o trabalho realizado pela Portuguesa, mas a confiança vem muito pelo fato de termos eliminado Fla e Flu. Isso com muitos reservas e jogadores ainda mais jovens, pois os principais estavam no Brasileirão de Aspirantes ou no time profissional - contou Barroca, ao LANCE!
Aos 35 anos, ele não descarta uma chance como 'efetivado'. Como auxiliar, por exemplo, levou o Bahia à Sul-Americana e ao Campeonato Baiano de 2012. No Botafogo, está há 20 meses. São 12 torneios disputados e, com esta, seis finais no comando do Glorioso.
- Busco entender as características do jogador que estou dirigindo para poder potencializar as virtudes. Sou muito preocupado com a parte técnica e de fundamentos do jogador também. Acredito que se a gente criar um ambiente que o jogador se sinta confiante em fazer isto conseguiremos formar jogadores mais interessantes para servir o futebol profissional do clube - explica Barroca, que fez parte do amadurecimento de atletas como Marcelo, Marcinho, Gustavo Bochecha, Matheus Fernandes, Renan Gorne,Pachu,Kanu e Igor Cássio (esses dois últimos ainda sem chances nos profissionais).
Apenas três anos mais velho que ele está Jair Ventura, técnico do profissional e com um trabalho de mais de um ano à frente do clube alvinegro. Ele, assim como Barroca, saiu das categorias de base do clube (além de ter exercido outras funções). Zé Ricardo, do Vasco, já tem uma bagagem maior: foram anos de base do Flamengo até ser efetivado. Isso tudo, claro, faz Eduardo sonhar com um futuro parecido e se espelhar no comandante botafoguense:
- Todo este processo que aconteceu com o Jair é um grande espelho para mim. O engraçado é que em 2011 eu era auxiliar técnico do Bahia e o Jair foi em Salvador assistir um jogo do Vitória como auxiliar do Botafogo. Começamos ali uma amizade que perdura até hoje. Fomos auxiliares dos mesmos treinadores (Joel Santana, Renê Simões, Caio Junior...). Temos uma história parecida, com passagens em seleções de base também - comentou Barroca, antes de finalizar:
- Em 2011, fui o treinador mais jovem a dirigir e ganhar um jogo de Campeonato Brasileiro na série A, com apenas 29 anos (Flamengo 1 x 3 Bahia, no estádio Nilton Santos). Daqui a cinco anos, quero estar dentro do mercado, fazendo a coisa que eu me preparei a vida toda pra fazer, que é ser treinador de futebol - concluiu.
Confira mais do bate-papo com Eduardo Barroca
Como virou técnico? Qual a sua história no futebol?
Sempre fui apaixonado por futebol e pela função de treinador. Já entrei na faculdade de educação física aos 17 anos sabendo que queria ser técnico. Depois de me formar, fiz todos os cursos de treinadores aqui no Brasil, pós-graduação em treinamento desportivo e gestão de pessoas. Comecei como estagiário de preparação física em 2000 no Flamengo. Depois fui para o Madureira trabalhar como preparador físico também. Até que em 2003, com 21 anos, recebi minha primeira oportunidade como treinador, ao ser convidado para dirigir o juvenil do clube.
Ainda não veio a oportunidade para ser técnico profissional, apenas auxiliar ou nas categorias de base. Tem ansiedade? Planeja que esta primeira chance seja no Botafogo?
As oportunidades com o desenvolvimento do trabalho. Tenho uma grande satisfação de trabalhar no Botafogo. Além de resultados desportivos expressivos na categoria sub-20, sempre disputando títulos em quase todas as competições, colocamos também um número relevante de jogadores no futebol profissional, que é o interesse primário do trabalho. Este ano ainda tivemos esta oportunidade de dirigir o clube no Brasileiro de Aspirantes, mesmo com uma equipe muito mais jovem que as outras, e colocamos atletas que vinham sem sequência de trabalho para mostrarem que estão prontos para ajudar o botafogo. Não gosto de falar sobre o futuro. Meu foco está sempre no presente e em fazer o melhor para o clube onde estou.
Você fez ou faz algum tipo de curso? Quais aprendizagens você teve ao receber o convite do Rogério Micale para ser o auxiliar dele no Sul-Americano de 2017?
Sempre fui muito envolvido com tudo que envolva conhecimento do futebol. Sou o organizador de um dos mais conceituados congressos de futebol do Brasil (Footlink) junto com o Paulo Angioni. Organizo também cursos na área de Coaching em parceria com a Psicóloga Suzy Fleury além de ser professor nos cursos para treinadores da CBF. Sobre o Micale, foi um grande prazer trabalhar com ele. É um profissional de altíssimo nível, campeão olímpico e com um nível de exigência muito alto. Criamos uma ótima relação profissional e pessoal.
Os torneio de Eduardo Barroca
Taça Guanabara de 2016 - Título
Taça Rio de 2016 - Finalista
Carioca de 2016 - Título
Copa do Brasil de 2016 - Segunda fase
Campeonato Brasileiro de 2016 - Título
Copa RS de 2016 - Finalista (derrota nos pênaltis)
Copinha 2017 - Quinto (Barroca não comandou 100%. Estava no Sul-Americano de 2017)
Carioca 2017 - Terceiro lugar
Copa do Brasil de 2017 - Primeira fase
Campeonato Brasileiro de 2017 - Quinto
Taça OPG - Finalista
Brasileiro de Aspirantes - Primeira fase
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