Botafogo tenta reatar casamento com a torcida no último jogo do ano
Relação de amor dos alvinegros com time teve altos e baixos em 2017. Neste domingo, basta vencer para que lua de mel volte. Jair Ventura convoca torcida para o Nilton Santos
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O casamento da torcida do Botafogo com o Estádio Nilton Santos experimentou os dois opostos em 2017: lindas festas, de fazer cair o queixo dos rivais, mas a relação de amor também já 'deu um tempo', como acontece agora, afinal, são três derrotas nos últimos três jogos em casa: Fluminense, Atlético-PR e Atlético-GO. Neste domingo, contra o Cruzeiro, às 17h, em jogo da última rodada do Brasileirão, haverá o último encontro do casal nesta temporada. E qual será o desfecho? Uma vitória simples recoloca o time na Libertadores, algo inédito na história do clube. Um empate e até mesmo um revés, dependendo dos demais resultados, também podem classificar o Alvinegro.
O auge positivo desta relação amorosa foi em agosto. Após vencer o Nacional-URU por 2 a 0, com recorde de público no estádio no ano (40.050 presentes), os atacantes Roger e Rodrigo Pimpão "roubaram" os bandeirões da torcida e balançaram, em uma só voz que cantava o "Éééé diferente", canção que embalou o time até às quartas da Libertadores. No final da partida, gritos de "Olé", "Eliminado" apesar de uma confusão depois do jogos, e antes dos 90 minutos um escudo gigante subia entre os torcedores.
Esta foi a penúltima grande festa que o time fez na competição continental. Nas outras partidas, um cachorro gigante, um dos mascotes do clube, também subiu. Mosaicos viraram realidade. E sempre com um dizer diferente: "O Glorioso", "Minha Vida", "Lutem por nós". Não houve festa só nos jogos decisivos na Libertadores. Na Copa do Brasil, sobretudo, no empate sem gols com o Flamengo, também houve esta sinergia.
Até mesmo palmas para o técnico Jair Ventura, hoje questionado por boa parte da torcida, foram escutadas quando o seu nome apareceu nos telões dos estádios. Em maio, outro capítulo bonito. Em um treino aberto, compareceram 500 pessoas, que cantaram, levaram bandeirões e sinalizadores para empurrar o time para o jogo com o Barcelona - EQU.
Após as eliminações na Copa do Brasil e na Libertadores, o Botafogo seguiu forte no Brasileirão, assumiu a ponta do returno, mas agora se vê em queda livre. Nos últimos encontros em casa, não faltaram vaias e pedidos de raça. Jair Ventura foi chamado de "burro" e o time de 'sem vergonha". Isso tudo sem contar sem as visitas indesejadas aos treinos, seja do lado de dentro ou de fora do estádio e o encurralamento ao carro do volante Bruno Silva.
Promoção de ingressos e convocação de Jair
Com um preço de R$ 20 em qualquer setor da arquibancada (com direito a meia entrada), o Botafogo quer casa cheia, voltar a vencer no Niltão e reviver a lua de mel do início do ano. Os ingressos físicos estão abertos desde a última sexta-feira mas não foram divulgadas parciais. Apesar disso, o treinador Jair Ventura está confiante que a torcida comparecerá em peso e também convocou a torcida:
- Nossa torcida foi o 12° jogador durante todo o ano. Muito importante. Peço que nos empurre nesse último jogo. O que posso prometer é uma equipe aguerrida, que vai deixar o máximo. Nem que eu tenha que tirar meus jogadores carregados de campo - comentou o treinador do Botafogo.
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