O relógio é inimigo da calma na montagem do elenco do Botafogo
Apesar da serenidade adotada nas negociações, as muitas lacunas a serem preenchidas no elenco causam preocupação na torcida. Pré-temporada começará em menos de um mês
A palavra de ordem no Botafogo para a reformulação do elenco é "calma". Porém, o tempo é um adversário implacável contra um clube que não tem grande orçamento para contratações e precisa de reforços de qualidade para a disputa da Série A, em 2016. Como parte do processo de mudança, 16 jogadores deixaram o clube, mas, confirmado, somente o zagueiro Joel Carli chegou. Até as renovações ainda precisam ser consumadas.
O time alvinegro para a próxima temporada é uma incógnita. A força que o elenco terá, então, é imprevisível. A estreia no Campeonato Carioca é no dia 31 de janeiro, contra o Bangu, mas a pré-temporada é já no dia 11. Há tempo até lá, mas a torcida aguarda aflita por investidas que deem certo.
A única unanimidade da equipe é o goleiro Jefferson. De longe o principal jogador do Glorioso, é o capitão e primeiro pilar da versão 2016 do Botafogo. Contrato não é problema. Vai até 2017.
Nas laterais, Luis Ricardo deve renovar, mas ainda não assinou; Após a saída de Carleto, só há o jovem Jean, por ora, para a esquerda. No miolo de zaga, Carli pode ter a companhia de Renan Fonseca, que ainda não confirmou a extensão do vínculo, e/ou Emerson, que disputou a Série A deste ano pelo Avaí.
O meio-campo está completamente desfigurado. Rodrigo Lindoso renovou contrato, assim como Fernandes. Mas ainda são necessários outros volantes e meias. No ataque, a novela por Neilton parece não ter fim, mas a maior e mais concreta esperança dos torcedores é em Luis Henique.
A diretoria trabalha, Ricardo Gomes mapeia, e a torcida espera enquanto o tempo vai passando. Relógio e calendário não vão esperar, mas tomara que essas lacunas não sejam problemas até a estreia.