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Rendimento como mandante reflete na queda da média de público do Botafogo no Campeonato Brasileiro

No início, expectativa com a SAF trouxe sinergia com a torcida e colocou o Alvinegro entre as melhores médias. Tropeços fizeram o clube cair no somatório das presenças de público

Torcida do Botafogo
imagem cameraTorcida do Botafogo tem feito sua parte e apoiado o time, que não tem correspondido em casa (Vítor Silva/Botafogo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 09/08/2022
20:44
Atualizado em 10/08/2022
17:01

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O futebol brasileiro apresentou transformações importantes com a inclusão de um novo modelo de negócio adotado por grandes clubes. A SAF traz investimento, mas os reflexos em campo acontecem com um trabalho a longo prazo. O Botafogo iniciou o Brasileirão com uma simbiose com a torcida, que lotou o Nilton Santos em vários jogos. Todavia, a queda brusca de rendimento fez o time despencar na média de público.

+ Ao L!, Eduardo Paes diz que está aberto aos planos do Botafogo de modernização do Nilton Santos

O clube convive com a dualidade entre expectativa e realidade - com um projeto de Sociedade Anônima ainda embrionário. A chegada do bilionário John Textor completou apenas quatro meses e é cedo para que o time volte a ser protagonista nas principais competições do país; O elenco está sendo montado com a temporada em andamento visando o amadurecimento nos próximos anos.

+ Confira e simule a tabela do Campeonato Brasileiro 

O início do Brasileirão foi cercado de confiança e essa sinergia foi refletida nas arquibancadas. Nas três primeiras partidas como mandante, o Alvinegro chegou a ocupar a quarta melhor média de público do campeonato (com 31,749). O time de General Severiano contou com a presença de mais de 95 mil torcedores (95.248), no Nilton Santos.

Com esses números, o clube, então, obteve o lucro de R$ 1,5 milhão e mostrou que o Estádio pode ser rentável e tornar-se um trunfo na campanha. A euforia era tanta, que após a virada sobre o Fortaleza, John Textor chegou a balançar o bandeirão da estrela solitária e, com simpatia e carisma, interagiu com torcedores.

O cenário se modificou com o tempo e uma sequência de tropeços sob seus domínios fez essa média cair. Com isso, o trabalho do técnico Luís Castro começou a ser questionado por uma parte da torcida, enquanto outra confia no projeto a longo prazo com o português à frente da equipe. O auge da oscilação aconteceu com a invasão ao Espaço Lonier.

O comandante vê um elenco que precisa de reforços e que acumula problemas de lesões. Dessa forma, os desfalques têm atrapalhado o andamento do trabalho, mas o time pode e deve apresentar um futebol mais competitivo. Caberá ao treinador fazer a engrenagem rodar para o time não sofrer quando o campeonato entrar na reta final.

Com tropeços contra equipes da parte de baixo da tabela (Goiás, Avaí, Ceará, Juventude) em pleno Nilton Santos, a desconfiança aumentou. O clube fechou o primeiro turno com uma média de 22.676 torcedores - em nove jogos - e caiu para a nona colocação entre as melhores médias de público do Brasileirão.

Mesmo com os tropeços e desfalques, a torcida fez o dever de casa e compareceu em peso contra o Ceará (21657). Contudo, o time voltou a deixar pontos importantes pelo caminho. Atualmente, com duas rodadas no returno, o Botafogo tem a décima melhor média de público com 22.556 em dez partidas.

Por outro lado, a torcida alvinegra tem tido bons números quando a equipe carioca atua longe do Rio de Janeiro. O Glorioso leva, em média, 1.534 torcedores no setor visitante, ficando atrás apenas de Flamengo, Corinthians, Palmeiras e São Paulo. Contra o Corinthians, em Itaquera, mais de 2.000 botafoguenses marcaram presença e esgotaram os ingressos.

No sábado, o time voltará ao Nilton Santos e medirá forças contra o Atlético-GO. O Dragão está na zona de rebaixamento, mas vem embalado após a histórica classificação para as semifinais da Copa Sul-Americana - eliminando o tradicional Nacional, do Uruguai. É o momento do Glorioso pontuar e resgatar a confiança da torcida para a sequência do Brasileirão. 

Confira as médias de público do Campeonato Brasileiro 2022

1º - Flamengo: média de 54.540 em dez partidas
2º - Corinthians: média de 38.412 em dez partidas
3º - Palmeiras: média de 34.928 em onze partidas
4º - Atlético-MG: 33.590 em onze partidas
5º - São Paulo: média de 32.796 em dez partidas
6º - Ceará: média de 31.524 em dez partidas
7º - Fluminense: média de 29.617 em onze partidas
8º - Fortaleza: média de 26.546 em dez partidas
9º - Internacional: média de 23.691 em dez partidas
10º - Botafogo: média de 22.556 em dez partidas
11º - Coritiba: média de 21.283 em onze partidas
12º - Athletico-PR: média de 19.339 em dez partidas
13º - Santos: média de 11.992 em onze partidas
14º - Avaí: média de 10.631 em onze partidas
15º - Cuiabá: média de 10.480 em dez partidas
16º - Goiás: média de 9.944 em dez partidas
17º - Atlético-GO: média de 7.024 em onze partidas
18º - RB Bragantino: média de 4.963 em onze partidas
19º - Juventude: média de 4.382 em onze partidas
20º - América-MG: média de 2.861 em dez partidas

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