Renê Weber destaca empenho do Botafogo após preparação curta
Auxiliar que comandou a equipe no lugar de Paulo Autuori na goleada por 6 a 2 sobre a Cabofriense atribuiu à boa atuação, em grande parte, à vontade de voltar a atuar
Auxiliar do técnico Paulo Autuori, Renê Weber comandou o Botafogo da beira do gramado na goleada, por 6 a 2, sobre a Cabofriense, neste domingo no Nilton Santos. Mesmo liberado pelo STJD da suspensão aplicada pela Ferj por críticas ao retorno do Carioca, o comandante titular alvinegro resolveu acompanhar o jogo de uma cabine, em forma de protesto. O substituto atribuiu a boa atuação ao empenho demonstrado pelo elenco durante o breve período de preparação.
– Tivemos uma preparação curta. Sempre falamos internamente que três semanas eram o prazo ideal para voltar a competir, mas o Botafogo segue o regulamento. Durante a semana o empenho de todos foi muito grande. Deu para perceber a vontade de todos de voltar a jogar e buscar a classificação. O adversário se comportou bem, quando fizeram 3 a 2 chegou a passar pela cabeça que poderiam empatar. Conseguimos a vitória e um saldo bom. Fiquei satisfeito porque não tivemos nenhuma lesão e a intensidade foi boa dentro do possível. Quarta-feira, se ganharmos a Portuguesa, as chances de classificação são enormes – afirmou Weber, em entrevista à Botafogo TV, após a partida.
O auxiliar de Autuori reclamou do horário em que a partida foi marcada, após um período de inatividade de mais de três meses. Para ele, o forte calor e a mudança na rotina prejudicaram a intensidade do jogo válido pela quarta rodada da Taça Rio.
– Temos que parabenizar os jogadores porque jogar às onze da manhã, com uma temperatura elevada, faz o desempenho cair. Mantivemos uma intensidade boa e um nível de jogo interessante. Começamos pressionando e conseguimos o resultado. A ideia foi pressionar desde o começo, fazer um jogo em que não deixássemos o adversário jogar para tentar fazer o maior número de gols. Precisávamos de saldo no confronto direto contra o Boavista. Agora depende da gente na quarta-feira.
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Substituições:
Para pressionar mais alto e usar mais os lados do campo, usamos o Cícero mais atrás fazendo a função de líbero e isso funcionou bem. A intensidade do jogo baixou um pouco até pelo calor. As substituições foram para refrescar a equipe e para manter a pressão alta. A equipe depois recuou e voltamos a fazer a pressão no campo do adversário e fizemos uma diferença de gols boa. Entramos para definir o jogo fizemos um gol cedo. A equipe como um todo se comportou muito bem, durante a semana percebemos a entrega e o quanto eles queriam jogar. Eles tinham muita vontade de voltar a campo. Felizmente, não tivemos nenhuma lesão. Todos os jogadores são importantes. A vitória foi importantíssima. Espero que quarta feira a gente consolide a classificação às semifinais.
Elogios à base:
Uma das coisas que o Botafogo tem é ser um clube formado, historicamente. Temos que usar os jogadores da base. Temos Marcelo e Kanu na zaga. Caio Alexandre e Luis Henrique são talentosíssimo. Luis Henrique nem se fala. À medida que amadurecer, vai atingir ainda mais um alto nível. Naturalmente, eles também têm um pouco mais de disposição física. Pensamos nisso também ao escalar a equipe e funcionou bem
Atuação de Honda:
É impossível alguém em uma semana atingir o ápice técnico, físico e tático. Não poderíamos exigir nada mais do que foi exibido hoje. Ele pode não ter tido hoje a mesma intensidade do outro jogo contra o Bangu, mas deu passes bons, tem qualidade no passe. De modo geral, se comportou bem, mas é impossível em uma semana de trabalho render tudo o que pode. Hoje esteve dentro daquilo que esperávamos
Volta do futebol:
Sou crítico com relação ao modelo de gestão dos clubes. Caminhamos para um modelo clube-empresa. Sou apologista da criação das ligas. Quem deve comandar o futebol são ligas formadas pela união de clubes. Então "Liga Já!" Espero que aconteça em breve. Futebol tem que ficar na mão de quem entende de futebol, quem forma jogadores e está no dia a dia. Espero que esse seja o futuro do futebol: clube-empresa e Ligas de clubes. Nosso modelo de gestão atual é falido e ultrapassado. A modernidade chega e nós devemos entender o que é bom para o futebol.