Secretário-geral da CBF rebate críticas de Autuori: ‘Bravatas’
Walter Feldman respondeu o técnico do Botafogo sobre a maneira com a qual a entidade que comanda o futebol brasileiro tem gerido a crise provocada pelo coronavírus no esporte
O secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF),Walter Feldman, rebateu as críticas feitas pelo técnico Paulo Autuori em relação à forma como a entidade que comanda o futebol brasileiro tem gerido a crise causada pela pandemia do coronavírus. O treinador do Botafogo, que já havia criticado a realização das partidas no Campeonato Carioca, no último fim de semana, voltou a chamar a CBF de "omissa, frouxa e irresponsável". Em participação no programa Seleção Sportv, nesta quinta-feira, Feldman exigiu o direito de reposta.
– O Autuori não fez essa afirmação na Federação dos Treinadores ou para o próprio Botafogo, fez uma afirmação de bravata. Em nenhum momento nos ligou dando uma sugestão. Fez apenas para ser nota de alguma notícia que gera especulação, gera o debate. Ele não tem livre representação para fazer afirmações deste caráter, desrespeitando as medidas fortes, contundentes e democráticas que a CBF adotou. Neste momento, todos os campeonatos estão suspensos por orientação e convencimento – rebateu Feldman.
O dirigente também garantiu que a CBF tem seguido à risca todas as recomendações passadas autoridades brasileiras.
– A declaração do Paulo Autuori foi absolutamente infeliz e desinformada. O esforço para integrar todos os protagonistas é muito complexo. A CBF vem tratando a crise do coronavírus desde quando começou a ocorrer na China. Todas as medidas que adotamos foram tomadas em sintonia com o Ministério da Saúde – completou.
Outros temas abordados no programa as medidas que estão sendo debatidas para amenizar as consequências negativas que a paralisação do esporte terá nas finanças dos clubes, além de mudanças no calendário. Segundo o dirigente, eventuais mudanças serão decididas em conjunto com a Fifa e a Conmebol.
– O presidente Rogério Caboclo tem o costume de chamar os diretores, conversar com os clubes, tem uma relação boa com a Conmebol e Fifa. Não será por conta da crise que vamos mudar o calendário radicalmente.