A diretoria do Botafogo ofereceu uma proposta de renovação a Joel Carli até dezembro de 2018. Mas o que chama atenção é que o contrato atual do zagueiro só termina no final do ano que vem. Faz parte da política atual do Glorioso trabalhar, se não para o longo, mas para o médio prazo. Sem imediatismo, há mais jogadores com contratos extensos do que vencendo no fim desta temporada.
Os próprios Airton e Gegê, que tinham contrato até a última segunda-feira, assinaram até o ano que vem. O presidente do clube, Carlos Eduardo Pereira, explica.
- É um estratégia de gestão. Na nossa visão, é a melhor forma de gerirmos o elenco - analisa o dirigente alvinegro, ao LANCE!.
Com contratos mais longos, tanto diretoria quanto comissão técnica e jogadores ficam tranquilos quanto à ideia proposta para o desenvolvimento do trabalho. Da estrela maior, o goleiro Jefferson, a revelações, como Leandro, são 16 atletas que têm vínculo longo. Isso sem contar os jovens que ainda não estão consolidados no time profissional, mas já frequentaram o elenco, como o volante Matheus Fernandes.
Diogo Martins, da Dale Esportes Consultoria e Gestão, é o agente de Carli. Até pela idade (29 anos) e por se tratar de um estrangeiro (no caso, argentino), a tranquilidade para lidar com o lado pessoal facilita para o bom desempenho do jogador dentro de campo.
- Acho que o clube demonstra segurança e confiança no investimento que faz. Para o jogador, traz segurança também. Mudar a vida toda, para o estrangeiro, por exemplo, é complicado. O atleta sabe que vai cumprir esses dois anos de contrato. Não é uma coisa que pode mudar. É importante no planejamento do clube e também, para o jogador, nos âmbitos profissional e familiar - entende.
Depois de um domingo amargo para o Botafogo, o cenário de terra arrasada, tão possível em outros tempos, parece impensável atualmente. O pensamento é de um Campeonato Brasileiro digno e, contratualmente, as perspectivas estão razoavelmente definidas durante um ano e meio.