Torcida se revolta com recuo do Botafogo sobre volta aos treinos
Após confirmar contato telefônico com a Prefeitura do Rio de Janeiro, Glorioso aceitou sugestão de retorno às atividades a partir de junho, a depender do avanço dos casos
Um recuo do Botafogo na posição firme de não retornar aos treinamentos em meio à pandemia do COVID-19 revoltou parte da torcida alvinegra nas redes. O clube confirmou, nesta segunda-feira, que houve um contato com o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, favorável à liberação das atividades. O Glorioso diz ter acatado a sugestão de retomar os treinos presenciais a partir do dia 1º de junho e a volta dos jogos no período entre 28 de junho e 4 de julho, dependendo do avanço do número de casos no estado.
O Botafogo confirma contatos telefônicos com o Prefeito Marcelo Crivella, onde reforçou o seu o posicionamento e pontuou que o momento não é de retomar os treinamentos presenciais, sugerindo que seja realizado em oportunidade futura, dependendo do estágio da COVID-19.
— Botafogo F.R. (de 🏠) (@Botafogo) May 25, 2020
A posição mais maleável do clube vai de encontro com as declarações públicas dos dirigentes e do técnico Paulo Autuori, nas últimas semanas, contrárias a um retorno imediato. Imediatamente após a publicação do clube no Twitter, torcedores passaram a criticar a decisão, classificando-a como "vergonhosa" e decepcionante, entre outros adjetivos.
VERGONHA VERGONHA VERGONHA
— Plínio Perrotta (@PlinioPerrotta) May 25, 2020
Péssimo posicionamento
— Rodrigo Flintz (@DigoFlintz) May 25, 2020
Montenegro sempre falando demais
Em resumo, escolheram um lado nessa pandemia
Pena que foi o lado errado!
Não sujem a história do time
— Maria Fernanda (@MariaFernandaaa) May 25, 2020
Em nota publicada horas antes do contato com o alcaide do Rio, no domingo, o clube reforçou que "passar a imagem de retorno imediato, no auge da crise, de mortes, com a curva ainda em ascensão, é estar em desconexão com a realidade."
Em coletiva virtual, na última sexta-feira, o técnico Paulo Autuori também foi duro em relação ao tema quando chamou a pressão pelo retorno de "falta de sensibilidade".