Alterações de Luís Castro são cruciais para primeira vitória do Botafogo no Brasileirão
Alterações feitas pelo treinador português ainda no começo do segundo tempo surtem efeito e fazem Botafogo crescer para conquistar resultado positivo contra o Ceará
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A primeira vitória do Botafogo no Campeonato Brasileiro teve muito do dedo de Luís Castro. Na estreia do português à beira do gramado - ele não pôde fazê-lo contra o Corinthians -, o Alvinegro venceu o Ceará por 3 a 1 na Arena Castelão e as alterações realizadas no segundo tempo tiveram impacto praticamente imediato na equipe.
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O contexto começa no fim do primeiro tempo. O Ceará, atrás do placar, inicia uma pressão baseada em ataques no lado direito, com a dobradinha de Nino Paraíba e Lima. Os ataques acabam dando certo e o gol do Vozão acaba nascendo por ali: cruzamento do lateral, confusão na área e gol do atacante. Um número impressionante é que a equipe finalizou oito vezes neste intervalo.
O segundo tempo começou com o mesmo cenário: os mandantes em cima, pressionando e tendo muita facilidade de recuperar a bola no meio-campo. Luís Castro, então, promove as entradas de Romildo e Vinícius Lopes nos lugares de, respectivamente, Chay e Vinícius Lopes aos 14 minutos.
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Há uma mudança estrutural na equipe: Chay era um meia avançado que saiu para a entrada de Romildo, um volante que atuou em uma posição mais recuada em relação ao companheiro. Na outra alteração, Vinícius Lopes ofereceu mais movimentos em diagonal e ajuda no jogo aéreo para Erison.
A principal questão envolve Romildo. O Ceará tinha três volantes e, por isso, sempre colocava Luís Oyama e Patrick de Paula em situação de desvantagem. A partir da chegada de Romildo, há status de igualdade. O camisa 23 foi posicionado mais à direita, ficando nas costas de Richard e Rodrigo Lindoso, justamente os dois meio-campistas mais lentos do Vozão.
A partir do segundo gol do Alvinegro, marcado por Erison, os espaços apareceram ainda mais. Romildo, com esta função de "terceiro homem" de meio, teve ainda mais espaço às costas dos meias do Ceará para avançar. Não à toa, foi o camisa 23 que sofreu o pênalti que gerou a terceira bola na rede do Glorioso - justamente aparecendo com liberdade dentro da área.
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O Botafogo dominou as ações da partida a partir dos 15 minutos do segundo tempo: o Glorioso finalizou sete vezes - marcando duas vezes -, enquanto o Ceará teve quatro chutes, mas nenhum acertou a meta defendida por Diego Loureiro. A facilidade que o Vozão então tinha para recuperar a posse sumiu.
A necessidade de ganhar mais espaços foi fundamental para o Botafogo ter mais controle do jogo. O Alvinegro soube explorar o desespero do Ceará em se lançar ao ataque em busca do ataque para ter ainda mais buracos na defesa. Mesmo sem ter controlado a posse de bola, o Glorioso sempre controlou os espaços dentro do gramado a partir das alterações feitas.
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