Mais de 47 mil pessoas foram a Arena Castelão na expectativa de ver o Fortaleza conseguir conquistar o título da Série B do Brasileirão quatro rodadas antes do término. Porém, faltou "combinar" com o CSA que, na base da insistência e alterações que deram muito resultado na etapa complementar, arrancou o empate por 1 a 1 no Ceará.
Agora com 65 pontos, sete à frente justamente do vice-líder CSA, basta um empate na rodada seguinte da competição contra o Avaí em Santa Catarina para o time dirigido por Rogério Ceni comemorar o título.
Por sua vez, os alagoanos precisariam de mais três derrotas seguidas além de três triunfos consecutivos para sair com a conquista e, pensando na garantia do acesso a Série A de 2019, necessita apenas de mais um triunfo frente ao Atlético-GO em Maceió.
Posse do Leão, mas sem larga vantagem
O Fortaleza era claramente quem tinha a bola por mais tempo, investindo principalmente na velocidade de Marcinho para ganhar da marcação alagoana. Contudo, isso não fazia com que o time anfitrião fosse amplamente superior ao CSA que, fechando os espaços, evitava com que finalizações mais perigosas chegassem a meta de Lucas Frigeri.
CSA mais resiste do que atua
Tentando usar o contra-ataque como sua estratégia de jogo, o clube de Maceió não acertava na troca de passes em velocidade. Quando conseguia conduzir até a intermediária adversária, algo que aconteceu em raras oportunidades, faltava acertar a assistência que colocaria um atleta do Azulino em condições de finalizar.
Desafoga, Dodô!
Após receber passe dentro da grande área vindo de Diego Jussani, o camisa 10 do Fortaleza fez o que seus companheiros de equipe ainda não haviam conseguido na partida: Dominar, encontrar espaço para um chute mais limpo e usar a categoria para mandar no ângulo de Frigeri. Festa da torcida do Leão na Arena Castelão!
Concentração lá no alto...
Se por vezes o retorno do intervalo pode ser mais complicado para a equipe que estava melhor no primeiro tempo, certamente isso não ocorreu com o time cearense. Tanto é que, depois de se manter com marcação agressiva e o domínio das ações ofensivas, aos quatro minutos Marlon recebeu bom passe lateral de Dodô e bateu de chapa, levando muito perigo ao gol de Lucas Frigeri.
... ou não?
Bastou um equívoco na saída de bola do Tricolor do Pici por parte do zagueiro Ligger para que Rubens tomasse a posse e tocasse na saída de Boeck para beliscar a trave esquerda de Marcelo Boeck. No rebote, Diego Jussani apareceu bem e cortou a bola dando um chutão providencial para a linha lateral. A melhor chance de gol do CSA até então.
Azulino mexe bem e jogo fica mais aberto
Antes seguro no trabalho de transição, o time dirigido por Rogério Ceni pareceu não saber lidar muito bem com as entradas de Hugo Cabral e Neto Berola para atuarem em velocidade nas pontas. Com isso, o time que antes errava pouco passou a dar espaços ao time alagoano que, aos poucos, ficava próximo da meta do Leão como jamais esteve no confronto.
Em duas oportunidades envolvendo Hugo Cabral, se na primeira faltou mira na hora de finalizar, na segunda sobrou coragem para Boeck sair nos pés do camisa 11.
Na terceira foi!
Se o gol da igualdade não veio por baixo, com os pés, aos 36 minutos um escanteio desviado na primeira trave por Jhon Cley foi tocado com a cintura quase em cima da linha por quem? Ele mesmo, Hugo Cabral. Tudo igual na capital do estado do Ceará.
Foi no abafa, mas não deu
Precisando apenas de mais um gol para soltar o grito de campeão, o Leão do Pici tentou de todos os jeitos marcar. Nenê Bonilha, Éderson, e Gustavo insistiram de maneira desorganizada, porém o marcador insistiu em não mais se alterar até o apito final do árbitro Pérciles Bassols.