Por várias rodadas, os debates sobre o Campeonato Brasileiro tinham como tema central a disputa entre São Paulo e Flamengo: qual dos dois era favorito ao título? Atlético-MG, Internacional, Grêmio e Palmeiras foram por todas estas rodadas bons coadjuvantes que não podiam fazer muito mais do que aguardar por um vacilo de tricolores e rubro-negros. E não é que o vacilo aconteceu?
Os dois principais favoritos perderam dois jogos consecutivos e o campeonato se abriu e está equilibrado de uma forma como raramente se viu nesta era dos pontos corridos, iniciada em 2003. Já faz tempo desde a última vez em que o campeão foi definido na última rodada: em 2011, quando o Fluminense levou a melhor, terminando com dois pontos de vantagem para o Vasco.
Ontem, mais uma vez, São Paulo e Flamengo estiveram longe de justificar o favoritismo que a eles é atribuído. O Tricolor perdido em campo contra o Santos quase inteiro formado por reservas, enquanto o Rubro-Negro repetiu recentes deficiências crônicas: pouca criação e uma defesa que não inspira qualquer confiança.
O Internacional, por sua vez, aproveitou de novo: com a quinta vitória seguida, chegou a sete jogos sem derrota e entrou firme na disputa por um título que não levanta desde 1979. O Atlético-MG tem hoje uma chance de ouro: se vencer o Red Bull Bragantino, fica um ponto atrás do Inter e a quatro do São Paulo - e com uma partida a menos.
Poucas vezes foi tão concreto o sonho do título brasileiro que não conquista desde 1971. São Paulo e Flamengo deram a chance, suas suas torcidas estão em pânico. Porém, a reta final do Brasileiro vai ser espetacular.
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