LANCE! Espresso: O futebol brasileiro finge viver num universo à parte
Entre o surto e a volta do público, o caos se instaura no Brasileirão
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A isonomia que clubes e CBF debatem sobre adiamento ou não de jogos do Campeonato Brasileiro, diante do surto que atingiu grande parte do elenco e comissão técnica do Flamengo, precisa agora se estender também à discussão sobre o retorno do público aos estádios.
Preservar os atletas e usar outra lógica para planejar volta dos torcedores às arquibancadas só reforça que o protocolo perseguido agora é prioritariamente financeiro. Desde o início da pandemia, o Flamengo encabeça as articulações para o retorno das competições - e agora para que o Maracanã possa ter pelo menos 30% de ocupação.
Justificou isso muitas vezes enfatizando seus próprios protocolos, que ruíram na última semana com a viagem para o Equador. Com o elenco desfigurado, bateu à porta da CBF para remarcar o confronto de domingo com o Palmeiras, que é contra o pedido. O Sindicato dos Atletas de São Paulo ameaça ir à Justiça para garantir o adiamento. E assim o caos se formou, para surpresa de ninguém.
Em um país onde ainda não há controle dos casos de Covid-19, o futebol brasileiro finge viver num universo à parte. A preocupação com a saúde pública não pode caber apenas dentro dos centros de treinamento. Por maiores que sejam os impactos nas receitas, os clubes, mais uma vez desunidos e mirando apenas seus próprios umbigos, não podem esquecer que o compromisso social faz parte de suas essências.
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