LANCE! Espresso: não há provocação que justifique uma agressão covarde
Hoje e sempre, a provocação da gremista não justiça a agressão sofrida. Qualquer visão contrária a isso é normatizar o absurdo
A cena é tão grotesca quanto constrangedora. Uma torcedora do Grêmio, acompanhada de uma criança, provoca torcedores do Internacional após o empate no clássico de sábado. Surge uma outra mulher, que tenta arrancar à força a camisa tricolor, dando seguidos empurrões na vítima. Tudo isso sob o olhar e choro do menino, que aparenta ter 5, 6 anos. A Polícia Civil identificou todos os envolvidos e abriu investigação sobre o triste episódio. O Grêmio deve abraçar mãe e filho e presenteá-los com artigos do clube e encontro com os jogadores do Imortal. O Colorado, por sua vez, anunciou que ajudará na investigação, que pode provocar até a expulsão da agressora do Beira-Rio. O mais provável é que cenas como essas voltem a acontecer em um futuro próximo, em um ambiente totalmente contaminado pela intolerância. Dirigentes ofendendo árbitros, torcedores perseguindo atletas em hotéis e aeroportos, jogadores aumentando o clima hostil no gramado com sucessivas reclamações e simulações. Ainda que as perspectivas não sejam boas, o que se deve sempre perseguir é a conclusão óbvia em situações como esta. Hoje e sempre, a provocação da gremista não justiça a agressão sofrida. Qualquer visão contrária a isso é normatizar o absurdo.
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