Leandro relembra passagens por Grêmio e Palmeiras e irá à Arena
Hoje no Kashima Antlers, do Japão, atacante está em Porto Alegre para tratar uma lesão no joelho. Ele fala ao LANCE! sobre o passado e o presente de seus ex-clubes
O atacante Leandro, hoje no Kashima Antlers (JAP), estará com o coração dividido na noite desta quarta-feira. Ele irá à Arena do Grêmio para assistir ao confronto entre dois de seus ex-clubes, o Grêmio e o Palmeiras, às 21h45, e diz ter dificuldades para definir por qual deles tem mais carinho.
- O carinho pelos dois é grande, difícil dizer por qual tenho mais. O Grêmio é o clube que me revelou, onde tive a oportunidade de iniciar como profissional e trabalhar com o Renato. No Palmeiras, depois, vivi um grande momento, sendo artilheiro do time na temporada (2013) e com título (Série B) - disse o atleta de 25 anos, ao LANCE!.
Leandro tem acompanhado o Grêmio mais de perto nos últimos dias. Ele veio ao Brasil para fazer uma cirurgia no joelho, se recupera em Porto Alegre e tem aproveitado o camarote de seu empresário, Gilmar Veloz, para ver os jogos na Arena. No mês passado, ele esteve na vitória tricolor sobre o Cerro Porteño, por 5 a 0, e apareceu em uma imagem que rodou o Brasil: à sua frente no camarote estava Tite, técnico da Seleção Brasileira.
- Tenho ido a alguns jogos neste período aqui em Porto Alegre e estarei lá novamente nessa quarta. Foi coincidência (o encontro com Tite). Estava no camarote do meu empresário com alguns amigos e o Tite também estava lá. A gente chegou a conversar, mas coisa rápida. É um grande treinador, com certeza um dos melhores do mundo, e que, se Deus quiser, vai trazer o título da Copa do Mundo para nós.
Cria da base, Leandro jogou no Grêmio de 2011 até o início de 2013, quando foi um dos quatro jogadores cedidos ao Palmeiras em troca de Hernán Barcos. No primeiro ano de Palestra Itália, ainda emprestado, ele marcou 19 vezes, foi o artilheiro da equipe e chegou a mandar um recado de agradecimento a Renato Portaluppi por ensiná-lo a fazer gols.
O bom desempenho que fez o Palmeiras comprá-lo por R$ 8 milhões não se repetiu mais. Leandro foi emprestado a Santos, Coritiba e Kashima Antlers, que o comprou no fim do ano passado. Ele cita a lesão que sofreu no pé em 2014 como a pior parte da passagem pelo Alviverde.
- O melhor momento foi o título da Série B, quando conseguimos colocar o clube no lugar de onde nunca deveria ter saído. E fico triste pela lesão no pé que tive, que me atrapalhou muito e não consegui depois repetir o mesmo futebol de antes - disse ele, que era palmeirense na infância em Brasília.
O atacante também falou sobre as boas e más lembranças da época no Tricolor.
- No Grêmio acho que fico com a minha estreia, quando pude fazer gol com apenas 17 anos, em 2011. Outro momento marcante foi estar na abertura da Arena, no fim de 2012, pouco antes de ir para o Palmeiras. E a parte triste foi ter perdido a decisão do Gauchão de 2011 para o Inter. Fiz gol, mas não levamos.
E quem vai mais longe no Brasileiro e na Libertadores? Grêmio ou Palmeiras?
- Acho que o Grêmio tem mais chances. Hoje tem um time mais consolidado e mais pronto para brigar pelas duas competições. Mas fico na torcida para que cada um leve um título este ano (risos). Assim fica bom para os dois lados. O Palmeiras também montou um elenco muito forte, mas que ainda está se acertando. Mas tem tudo para brigar por conquistas- disse Leandro, já se preparando para voltar a jogar na Ásia após a Copa.
- Este ano acabei tendo um problema no joelho, e até por isso vim antes para Porto Alegre. Fiz só duas partidas. Mas tudo está caminhando bem para o segundo semestre. Ano passado tive um grande ano, consegui gols, assistências, mas infelizmente perdemos o título na última rodada. Mas são coisas que acontecem e servem de aprendizado. Estava muito motivado para fazer um 2018 tão bom ou até melhor, depois que eles me compraram em definitivo, mas são coisas que acontecem. Estou me cuidando, evoluindo bem e, se Deus quiser, tudo vai dar certo para em breve voltar a atuar. Os planos no momento são de ficar por lá. Tenho contrato até 2020, em um país que todos me acolheram muito bem, então a ideia é seguir por lá, conquistar títulos e ser feliz.