Derrotado nos dois últimos jogos, o Corinthians enfim alcançou sua reação no Campeonato Brasileiro ao vencer o Botafogo neste domingo, por 3 a 1, na Arena de Itaquera. Em dia de homenagens para o técnico Tite, que trocou o Timão pela Seleção Brasileira, e sob os olhares de Cristóvão Borges, que será seu substituto, não deu foi para Ricardo Gomes. "Olê, olê, olê, Tite, Tite". Veja a repercussão da partida nos vestiários.
Mesmo sem Tite, o Corinthians viveu a reagibilidade na Arena e voltou ao G4, agora com 16 pontos somados. Já o Botafogo... Voltou à zona de rebaixamento. Sem reação no segundo tempo apesar do bom início, o time fica estacionado nos oito pontos e volta à perigabilidade do Brasileirão.
O início da partida na Arena foi de profunda equilibrabilidade, mas o primeiro gol não demorou a sair. Pela direita, caminho que Tite conhece bem, Fagner invadiu a área e rolou a bola para o centro, mas um pouco mais trás, onde Bruno Henrique apareceu, ajeitou e encheu o pé. No ângulo de Sidão, o golaço que abriu a contagem em Itaquera. Bombabilidade!
A questão é que o Botafogo não estava morto. Muito pelo contrário! Organizado e ofensivo, o time se lançou ao ataque. Ousadiabilidade! Três minutos depois do Corinthians abrir o placar, Sassá lançou Leandrinho na direita e o garoto invadiu a área e bateu cruzado, quase sem ângulo. Cássio, que depois admitiu a falha, viu a bola passar por cima e o placar ficar igual. Frangabilidade... Mas não era só. O Bota seguiu na pressão, e Neilton perdeu duas chances incríveis, em passe de Sassá e cruzamento de Luis Ricardo.
Desfalcado de nove jogadores, sendo quatro titulares, o Corinthians do interino Fabio Carille demorou a se encontrar em campo. A marcação no meio dava espaço, os laterais não conseguiam sair da marcação e os homens de frente não criavam nada de muito bom. Bem armado, o Botafogo mostrou perigo nos contra-ataques, e só não foi para o intervalo vencendo por causa da precisão (ou falta...) de Neilton. Perigabilidade para o time da casa!
A segunda etapa seguiu uma lógica bem diferente, com o Corinthians querendo mais jogo e se lançando mais ao ataque. Romero se desprendeu das funções de centroavante e o time assumiu um 4-1-4-1, mais ofensivo que o 4-2-3-1, com Rodriguinho adiantado. O Botafogo se encolheu na defesa e só aceitou a pressão dos alvinegros de São Paulo. Aos sete minutos, Marquinhos Gabriel recebeu pela direita, cortou a marcação de Emerson Silva e bateu firme para recolocar o Corinthians em vantagem. Reagibilidade.
Ricardo Gomes tentou consertar os problemas do lado esquerdo de sua defesa com a entrada de Victor Luis, e a equipe até deu trabalho ao goleiro Caique, acionado no intervalo porque Cássio passou mal. Apesar da estreiabilidade do jovem goleiro do Timão, o Bota não explorou tanto quanto era indicado em busca da vitória, e permitiu ao Corinthians seguir criando chances. Uma das melhores terminou em sequência de defesas de Sidão aos 36, em tentativas de Marquinhos Gabriel e Romero. O goleiro do Bota só não conseguiu fazer nada quando Fagner levantou na área e Bruno Henrique completou fácil, fácil, já aos 43 do segundo tempo.
A Titebilidade foi embora, mas o Corinthians tem razões para acreditar.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 3 X 1 BOTAFOGO
Local: Arena Corinthians, em São Paulo (SP)
Data/Hora: 19 de junho de 2016, às 16h
Árbitro: Rodolpho Toski Marques (Asp.Fifa-PR)
Auxiliares: Ivan Carlos Bohn (SC) e Rafael Trombeta (Asp.Fifa-PR)
Público/renda: 34.747 pagantes / R$ 2.023.396,50
Cartões amarelos: Balbuena, André (Corinthians); Fernandes, Victor Luis (Botafogo)
Gols: Bruno Henrique, 23'/1ºT (1-0); Leandrinho, 27'/1ºT (1-1); Marquinhos Gabriel, 7'/2ºT (2-1); Bruno Henrique, 43'/2ºT (3-1)
CORINTHIANS: Cássio (Caíque França - intervalo); Fagner, Pedro Henrique, Balbuena e Uendel; Bruno Henrique; Marquinhos Gabriel, Rodriguinho (Willians - 40'/2ºT), Guilherme (André - 28'/2ºT) e Lucca; Romero. Técnico: Fabio Carille (interino).
BOTAFOGO: Sidão; Luis Ricardo, Renan Fonseca, Emerson Silva e Diogo; Fernandes, Bruno Silva, Gervasio Nuñez (Victor Luis - 13'/2ºT)e Leandrinho (Salgueiro - 35'/2ºT); Neilton e Sassá (Ribamar - intervalo). Técnico: Ricardo Gomes.