São Paulo e Santos chegam em clima tenso para o clássico deste domingo (20), no Morumbis, pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro, ambos sob pressão em relação aos seus comandos técnicos.
De um lado, o Tricolor tem um técnico pressionado pela torcida. Luis Zubeldía conta com o respaldo da diretoria, mas vem de uma sequência de três jogos no Morumbis em que deixou o gramado sob vaias e muitas críticas dos torcedores.
Do outro, o Santos vive um cenário também instável. Após a demissão de Pedro Caixinha no início da semana, o clube ainda não definiu um novo treinador. O time será comandado interinamente por César Sampaio, mas o clima também é de incerteza no lado alvinegro.
Zubeldía quer restaurar confiança da torcida do São Paulo
A pressão sobre Zubeldía e as críticas da torcida não são novidades no São Paulo. Desde o Campeonato Paulista, o treinador tem sido questionado, algo que se reflete nas reações no Morumbis. Nas últimas partidas, vaias e ofensas marcaram as saídas de campo da equipe.
Entre as críticas, uma em especial ganha força: o São Paulo acumula quatro empates consecutivos no Brasileirão e ainda não venceu na competição. Além disso, desde a eliminação na semifinal do Paulistão, o time conquistou apenas uma vitória - contra o Talleres, pela Copa Libertadores.
Zubeldía segue respaldado pela diretoria. A possibilidade de demissão não é cogitada oficialmente, embora, nos bastidores, nomes foram especulados como eventuais alternativas,mesmo sem propostas concretas.
O clássico contra o Santos pode ser a oportunidade para Luis Zubeldía fazer as pazes com a torcida e ganhar um pouco mais de tranquilidade no cargo.
➡️ Siga o Lance! no WhatsApp e acompanhe em tempo real as principais notícias do esporte
Números de Zubeldía ligam alerta
A última vitória do São Paulo no Campeonato Brasileiro aconteceu em novembro, contra o Athletico. Desde então, foram nove jogos, com seis empates e três derrotas. Em pontos, dos 27 disputados, foram apenas seis somados.
Vitória em clássico pode aumentar chance de efetivação de Sampaio no Santos
O Santos está sem técnico efetivo desde a demissão de Pedro Caixinha, após a derrota para o Fluminense, na terceira rodada do Campeonato Brasileiro. No banco de reservas, César Sampaio — contratado em janeiro para ser auxiliar permanente no lugar de Marcelo Fernandes — comandou a equipe na vitória sobre o Atlético-MG.
Nos bastidores, o clube trabalha para definir o novo treinador. Dorival Júnior, Luís Castro e Tite foram sondados, mas as negociações não avançaram. Com Jorge Sampaoli, houve um progresso inicial, porém o técnico recusou a proposta ao identificar divergências no projeto apresentado.
Com dificuldades no mercado e poucas opções disponíveis, o nome de César Sampaio passou a ganhar força internamente. Para o clássico diante do São Paulo, o auxiliar será novamente o comandante.
Carreira de César Sampaio
O ex-jogador atuou no profissional do Peixe até 1991 e em 90 ganhou a Bola de Prata por suas atuações no Campeonato Brasileiro. No total, jogou 298 partidas e marcou nove gols pelo Santos. Também jogou pela Seleção Brasileira entre 1990 e 2000, em 49 jogos, incluindo a Copa da França em 1998, com o vice-campeonato. Faz parte do seleto grupo de seis jogadores que atuaram nos quatro grandes times de São Paulo.
Depois de “pendurar as chuteiras”, atuou como gerente de futebol no Palmeiras, em 2011-12, superintendente de futebol no Joinville, em 2013-15, novamente gerente de futebol no Fortaleza, em 2016-17, e passou a atuar como auxiliar-técnico na seleção brasileira, de 2019 a 22, e depois Flamengo, 2023-24.