Opinião: Todo respeito com o Timão e os gigantes brasileiros!

Enquanto o presidente viajava para a Europa, o diretor de futebol garantia a permanência do atual treinador, com um ressalva: de que faltavam alguns pontos para cravar 100%. Esse dirigente, aqui no Brasil, ainda falava, em nome do mandatário, que para 2019 será montado um time forte. Antes de tudo, uma borracha deve ser usada para apagar todos os tropeços deste ano, que ainda pode piorar, pois faltam dois jogos para o término no Campeonato Brasileiro. Mas o discurso é sempre o de fazer o torcedor sonhar. Um sonho que pode virar pesadelo, como aconteceu na Libertadores, na Copa do Brasil e no próprio Brasileirão.

Teve a conquista do Paulista. Mas paremos por aí! Campeonatos Estaduais não servem mais de parâmetro quando se trata do futebol nacional como um todo. Sim, estamos falando do Corinthians, do seu presidente Andrés Sanchez e dos fiéis espalhados pelo mundo. Voltando ao lead, Jair Ventura não deve emplacar para o ano que vem. Já se fala, mesmo sendo uma grande engenharia financeira, em repatriar Fábio Carille, comandante do título brasileiro do ano passado. A aventura que foi no cargo este ano causou situações embaraçosas e o time não conseguiu emplacar fosse com Osmar Loss ou o atual.

Não pode o Corinthians, assim como Santos e São Paulo, ficando só no sonho. Sonho do título, sonho da Libertadores e nadarem na praia. Assim como não pode o mesmo com Flamengo – ainda mais pelo altíssimo investimento –, Fluminense, Botafogo e Vasco. Para ter um 2019 mais feliz, a diretoria corintiana precisará rever vários pontos para não repetir o fracasso em 2018. Primeiro de tudo, definir logo o técnico e a sua comissão e, com eles, acertar os reforços. Estou falando de nomes de peso, não reforços comuns, como fez nesta temporada.

A equipe precisa de uma referência, principalmente, do meio de campo para a frente. Não pode mais ficar apenas apostando em Jadson, embora seja um ótimo jogador. Andrés Sanchez e o diretor Duílio Monteiro Alves devem (e muito) uma satisfação de imediato para a torcida, de preferência antes de virar o ano. Aliás, bem antes do Natal. De promessa, os torcedores estão cansados. Pulemos para o próximo parágrafo.

De promessa também estão cansados as torcidas de Vasco, Fluminense, Botafogo, Santos e São Paulo. E o Flamengo, não? Falo do Rubro-Negro mais abaixo. Voltemos aos outros:

Vasco – Enquanto continuar essa briga pelo poder, o reflexo no campo será nítido. É incrível que, mesmo com o clube atolado em dívidas, a disputa pelo trono seja incansável, virando até caso de polícia e justiça. Quem sofre? O torcedor, o único de fato que ama o clube, e que mostrou isso nesta quinta-feira ao empurrar o time para a vitória (2 a 0) sobre o São Paulo, em São Januário. Saiu do balão de oxigênio e respira por conta própria.

Botafogo – Chegou até mais longe do que a própria torcida sonhava. Foi campeão Carioca – disse mais acima que não serve de parâmetro para o futebol brasileiro – e segue firme em uma vaga na Sul-Americana do ano que vem. Precisa é de mais organização dentro e fora de campo. Esse tópico serve também para o Santos, com um “quê” parecido com a política (do Vasco) que atrapalha (demais da conta) nas quatro linhas. Cuca que o diga!

E o São Paulo? – Não teve fôlego (e elenco) para seguir na frente do Brasileirão. Tem bom time, mas faltaram jogadores do mesmo nível na hora de recompor por conta de contusões e suspensões. Chegou até mais longe do que devia. Raí & Cia. que tratem de elevar o número boleiros realmente bons de bola. Isso aí, para ser redundante mesmo. Só assim eles entendem de vez o que precisa ser feito. Que o próximo treinador saiba lapidar melhor as joias do CT de Cotia. Abaixo termino com a dupla Fla-Flu.

Passa a sacolinha
O Fluminense está com o mesmo sofrimento dos clubes acima. No Brasileiro passa perrengue (no popular mesmo) e começa a pedir o balão de oxigênio que usou o Botafogo e que estava com o Vasco até o fim da  36ª rodada. Sonha com o título da Sul-Americana, só que antes precisa inverter os 2 a 0 do Atlético-PR. Não pode deixar o Furacão passar por cima de novo. Mais vergonhoso ainda a diretoria ter de fazer “vaquinha” para colocar parte dos salários em dia. Não só vergonhoso como má administração de agora e de outros anos. A conta chegou, meu amigo... 

Para salvar o ano é vencer e vencer (e por muitos gols) na próxima quarta-feira. Só assim chegará a final da competição sul-americana e continuar “sonhando” com uma vaga na Copa Libertadores de 2019. Mas, hipoteticamente, vamos dizer que o Tricolor carioca seja campeão e consiga a classificação. Opa! “Felicidade total; Guerreiros”. Peraí, tem uma interrogação. Como irá se reforçar para não passar vergonha igual ao co-irmão (e rival) Vasco este ano? Passará a sacolinha de novo? Sinistro... Para lembrar: neste domingo, antes da Sula, tem o Internacional, no Beira-Rio. Que conta cara!

Ficou no cheiro?
Elenco milionário, salários em dia, austeridade financeira, favorito a títulos... A omissão, a falta de pulso – ou melhor, a bronca na hora certa – da diretoria permitiu ao time amarelar na sonhada (ficou no cheirinho) Libertadores. Depois, na Copa do Brasil. E a indecisão fez com que o time perdesse a liderança do Brasileirão. Tem chance ainda, porém, para isso seria preciso o Verdão cair de maduro, o que é bem improvável. Enfim, a bandeira da Gávea está a meio mastro.